Mateus Leme – Igreja Matriz de Santo Antônio
A Igreja Matriz de Santo Antônio, em Mateus Leme-MG, foi tombada por sua importância cultural.
IEPHA – Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico
Nome atribuído: Igreja Matriz de Santo Antônio
Localização: Rua Serra Azul, n° 630 – Conceza – Mateus Leme-MG
Resolução de Tombamento: Decreto Nº 18.531, de 02 de junho de 1977
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico
Livro do Tombo de Belas Artes
Descrição: A área de proteção é limitada pelos eixos dos logradouros que a circundam. A iniciativa de sua construção é atribuída ao minerador Alferes João Francisco da Silva, tendo sido iniciada na segunda metade do século XVIII e finalizada em 1790. Há registros de possível existência de uma capela anterior no mesmo local por volta de 1748. O interior da Matriz apresenta altares, entalhes e painéis em estilo rococó. Em 1976, a população se mobilizou visando o seu restauro. No período de 1986/1987 a Matriz passou por restauração de seus elementos artísticos que revelou a pintura original do retábulo.
Fonte: Iepha.
Prefeitura Municipal de Mateus Leme-MG
Nome atribuído: Igreja Matriz de Santo Antônio
Localização: Rua Serra Azul, n° 630 – Conceza – Mateus Leme-MG
Resolução de Tombamento: Decreto n° 23/2002
Descrição: A Igreja Matriz de Santo Antônio é uma obra de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Foi construída toda em pedra, medindo suas paredes 1 metro de espessura. Sua idade é estabelecida por uma lesa de pedra em sua fachada, onde lê-se o ano de 1766.
Fonte: Prefeitura Municipal.
Descrição: As primeiras referências ao ‘Arraial do Morro do Mateus Leme’ remontam ao início do século XVIII, e esse nome se deve a um bandeirante que ali teria fixado uma base de abastecimento, por volta do ano de 1710. Ao longo daquele século, tudo indica que o local cresceu e se tornou um pequeno povoado; no entanto, poucas são as referências históricas a seu respeito.
A primitiva igreja do arraial, dedicada a Santo Antônio, subsistiu por algumas décadas, até que teve sua reconstrução iniciada por volta de 1748. Segundo a historiadora Maria do Carmo Alvarenga Godoy, o padre Francisco Fernandes de Almeida teria construído essa igreja com recursos próprios, e sua finalização aconteceu em 1790.
Há também outra versão, sustentada por João Dornas Filho com base em um ex-voto encontrado, de que a capela teria sido erigida por um Alferes chamado João Francisco da Silva, em agradecimento por um milagre obtido por intercessão de Santo Antônio.
Por outro lado, sabe-se que, em 1822, Dom Frei José da Santíssima Trindade, bispo de Mariana, visitou o arraial, que contava com “2.358 almas”, ocasião em que deixou registrado o esforço de um padre do local, que, segundo ele, “tem sido o protetor da Capella, e com o seu dinheiro e diligência fez a Capella toda de novo, e de pedra com bom adro“. Padre ou alferes, é provável que se trate de um mesmo personagem que acabou empenhando seu patrimônio na construção do templo.
Portanto, ao contrário de boa parte das igrejas de Minas, essa não teve sua construção bancada por uma irmandade – foi construída a partir dos esforços de uma única pessoa. Talvez por esse motivo ela tenha permanecido por longas décadas com o simples status de capela curada, ficando subordinada à Freguesia de Nossa Senhora da Boa Viagem de Curral del Rey.
O exterior da igreja possui todas as cimalhas e molduras feitas de pedra, formando uma graciosa fachada emoldurada por duas sineiras, feitas também de pedra. Seu aspecto exterior não se assemelha com nenhuma igreja da região, e seu traçado lembra vagamente algumas igrejas e capelas encontradas na região de Congonhas e Ouro Branco.
O altar mor possui uma bela talha policromada, provavelmente sendo da segunda metade de século XVIII. Os dois altares laterais foram acrescentados já no século XIX.
Ao longo do século XX a Igreja passou por diversas reformas, ocasião em que foram acrescentadas algumas pinturas no interior da igreja, que posteriormente foram retiradas ou adaptadas. O maior desfalque sofrido pela igreja ocorreu nos anos de 1960, quando o próprio pároco, na ânsia de modernizar o templo, vendeu grande parte das imagens sacras, alfaias, lustres, não perdoando nem mesmo a balaustrada que separava parte da nave da igreja. O paradeiro desses bens ainda permanece desconhecido.
Fonte: Patrimônio Espiritual.
FOTOS:
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Iepha – Guia vol.1
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