Natal – Casa do Padre João Maria


Imagem: Costa, Amaral

A Casa do Padre João Maria, em Natal, foi tombada pela Fundação José Augusto por sua importância cultural para o Estado do Rio Grande do Norte.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico do Município de Natal
Localização: Natal-RN
Decreto de Tombamento: Portaria nº 72/2014

Governo do Rio Grande do Norte
FJA – Fundação José Augusto
Nome Atribuído: Casa do Padre João Maria
Localização: Rua da Conceição, n° 603 – Cidade Alta – Natal-RN
Data de Tombamento: 22/12/1990

Descrição: Casa em que morou por muitos anos o Padre João Maria (ver informações sobre Praça Padre João Maria). Nas pesquisas realizadas durante o trabalho de restauração da edificação, realizado em 1994, foram encontrados indícios de que este local era ocupado desde o século XVIII. A construção seria o antigo Armazém Real da Capitania do Rio Grande, que era um local que servia como depósito de armas, munições, fardas, ferramentas, alimentos, equipamentos náuticos e outros, utilizados geralmente pelas forças militares da Coroa. Em 1987, passou a ser a sede do IPHAN, que lá funcionou até 2012, quando se mudou para um prédio na Ribeira. A edificação ainda pertence ao IPHAN, devendo lá ser instalada a Casa do Patrimônio, destinada ao atendimento do público.
Fonte: Costa, Amaral.

Information – The house of Father João Maria: The house in which Father João Maria lived for many years
(see information on Father João Maria Square). In the surveys conducted during the restoration work of the building, conducted in 1994, indications that this site was occupied since the eighteenth century were found. The building was the old Royal Warehouse of the Captaincy of Rio Grande, which was a place that served as a warehouse of weapons, ammunition, uniforms, tools, food, and other nautical equipment, usually used by the military forces of the Crown. In 1987, it became the headquarters of IPHAN which stayed there until 2012, when it was moved to a building in Ribeira. The building still belongs to IPHAN, and the Heritage House shall be installed there, aiming to service the public.
Source: Costa, Amaral.

Descrição: […] conhecido pelas suas ações junto aos mais necessitados. Costumava percorrer a pé ou montado em um jumento os bairros mais pobres de Natal, bem como atendia aqueles que precisavam de comida, roupa e remédios em sua casa […]. Dizia-se que seu lema era “Ser tudo para todos”. O padre morreu em 1905, no então chamado Alto do Juruá, em Petrópolis. Até hoje, o busto que fica nessa praça [com seu nome] é local de romaria e pagamento de promessas, onde as pessoas deixam fitas, velas e ex-votos.
Fonte: Costa, Amaral.

Information – Father João Maria: […] known for its actions with towards the needy ones. He used to go on foot or on a donkey through the poorest neighborhoods of Natal, and served those in need of food, clothing and medicines in his house […]. It was said that his motto was “Be all to all”. The Father died in 1905, at the place called Alto do Juruá in Petropolis. Until now, the bust which lies in this square [called Father João Maria Square] is the site of pilgrimage and promises pay, where people leave ribbons, candles and votive offerings.
Source: Costa, Amaral.

Histórico do município: Tudo começou com as Capitanias Hereditárias quando o Rei de Portugal Dom João III, em 1530, dividiu o Brasil em lotes. As terras que hoje compreendem ao Rio Grande do Norte couberam a João de Barros e Aires da Cunha. A primeira expedição portuguesa aconteceu cinco anos depois com o objetivo de colonizar as terras. Antes disso, os franceses já aportavam por aqui para contrabandear o pau-brasil. E esse foi o principal motivo do fracasso da primeira tentativa de colonização. Os índios potiguares ajudavam os franceses a combater os colonizadores, impedindo, a fixação dos portugueses em terras potiguares.
Passados 62 anos, em 25 de dezembro de 1597, uma nova expedição portuguesa, desta vez comandada por Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque, chegou para expulsar os franceses e reconquistar a capitania. Como estratégia de defesa, contra o ataque dos índios e dos corsários franceses, doze dias depois os portugueses começam a construir um forte que foi chamado de Fortaleza dos Reis Magos, por ter sido iniciada no dia dos Santos Reis. O forte foi projetado pelo Padre Gaspar de Samperes, o mesmo arquiteto que projetou a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação.
Concluído o forte, logo se formou um povoado que, segundo alguns historiadores, foi chamado de Cidade dos Reis. Depois, Cidade do Natal. O nome da cidade é explicado em duas versões: refere-se ao dia que a esquadra entrou na barra do Potengi ou a data da demarcação do sítio, realizada por Jerônimo de Albuquerque no dia 25 de dezembro de 1599.
Com o domínio holandês, em 1633, a rotina do povoado foi totalmente mudada. Durante 21 anos, o forte passou a se chamar Forte de Kenlen e Natal Nova Amsterdã. Com a saída dos holandeses, a cidade volta à normalidade. Nos primeiros 100 anos de sua existência, Natal apresentou crescimento lento. Porém, no final do século XIX, a cidade já possuía uma população de mais de 16 mil habitantes.
Fonte: Prefeitura Municipal.

CONJUNTO:
Natal – Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico

MAIS INFORMAÇÕES:
Costa, Amaral


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