Novo Hamburgo – Lar da Menina


Imagem: Prefeitura Municipal

O Lar da Menina foi tombado pela Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo-RS por sua importância cultural para a cidade.

Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Novo Hamburgo-RS
Nome Atribuído: Lar da Menina
Localização: Av. Maurício Cardoso, n° 132 – Hamburgo Velho – Novo Hamburgo-RS
Resolução de Tombamento: Decreto n° 3472/2008

Descrição: Uma escola para moças evangélicas

As atividades no prédio iniciaram no final do século XIX, em 1886, quando Jacob Kroeff vendeu sua propriedade para as irmãs Lina e Amália Engel para a estruturação de uma escola internato feminino voltado a moças evangélicas. A iniciativa oferecia às alunas uma sólida formação moral e cristã, além de prepará-las para os encargos do lar e orientá-las como futuras mães. Em 1895, as irmãs doaram o prédio ao Sínodo Evangélico Rio Grandense (hoje IECLB) e até 1932 na edificação funcionou a Sociedade Fundação Evangélica no Hamburgerberg.

No ano de 1937 o local volta a ser um internato apenas para meninas. Porém, na década de 50 até o final dos anos 60, o local foi um importante ativo da indústria têxtil abrigando a Fábrica de Tecidos Flori. Apenas na década de 70 o prédio se torna, oficialmente, Lar da Menina. O local também abrigou, na década de 80 o Museu do Calçado, as primeiras atividades do Atelier Livre, hoje Escola de Arte Carlos Alberto de Oliveira – Carlão (atualmente no Centro de Cultura) e um albergue municipal.

No final da década de 90, um incêndio destruiu boa parte do prédio, que durante anos ficou abandonado. Em 2008 foi tombado e adquirido pela Prefeitura de Novo Hamburgo. Em 2020, com a restauração, a estrutura se tornará um importante ponto turístico, histórico e de preservação cultural da cidade.

A restauração do casarão histórico da Avenida Maurício Cardoso esperou sete anos para ser concluído. A obra teve início em 2013 e quase um ano depois o serviço foi paralisado com a deflagração da Operação Capivara, que apurou supostas fraudes em licitações de construtoras, incluindo a que era responsável pela obra. Em 2016 o processo foi anulado e um acordo permitiu a retomada do restauro que foi reiniciado somente no ano passado.

Partes da parede em pedra grês e madeira do prédio histórico Lar da Menina, situado no bairro Hamburgo Velho, poderão ser conferidas em breve pela comunidade. O resgate histórico de uma das mais importantes edificações do município está em fase de conclusão e promete trazer de volta um pedacinho do passado dos hamburguenses. O Lar da Menina ainda não tem a data de inauguração prevista em função da pandemia, mas a partir de dezembro estará apto a ser a sede da Secretaria Municipal de Cultura (Secult) que hoje funciona no Centro de Cultura Parahim Pinheiro Machado Lustosa, em cima do teatro municipal.
Fonte: Prefeitura Municipal, 2020.

Descrição: Inicialmente chamado de “Evangelisches Stift” (Fundação Evangélica), o Lar da Menina foi fundado pelas irmãs Lina e Amália Engel, que adquiriram o prédio (construído em meados de 1886) que pertencia ao Sr. Jacob Kroeff, para nele realizarem um trabalho voltado para moças evangélicas. A iniciativa oferecia às alunas uma sólida formação moral e cristã, além de prepará-las para os encargos do lar e orientá-las como futuras mães.

Em 1895 as irmãs doaram o prédio ao Sínodo Evangélico Rio Grandense (hoje IECLB), e o local se transformou no Internato para Meninas de Novo Hamburgo. Com cerca de 60 alunas, houve a necessidade da primeira reforma. Em 1912, a casa foi novamente modernizada para poder receber um maior número de meninas. Entre as inovações, estavam a construção do segundo piso para dormitório de alunas e professoras. No local as moças recebiam aulas de Português, Religião, Música (aprendendo a tocar instrumentos como o piano), Pintura e Bordado.

No final da década de 90 um incêndio destruiu boa parte do prédio, que durante anos ficou abandonado. Com a iniciativa da atual Administração, a estrutura se tornará um importante ponto turístico, histórico e de preservação cultural da cidade.

O Lar da Menina hoje se encontra em ruínas. O desgaste do tempo, as invasões e as situações de incêndio pelos quais as edificações passaram provocaram sérios prejuízos, inclusive com pontos com risco de desabamento, fato que motivou o isolamento da estrutura, não permitindo o acesso de pessoas. No entanto, assim que restaurado, o Lar da Menina passará a abrigar um módulo da Hamburgtec, parque tecnológico urbano para empresas de economia criativa, e espaços para exposições, memoriais, cafeteria, livraria, ludoteca e videoteca. São mais de 1 mil metros quadrados que passarão por total recuperação. Para promover essa restauração, arquitetos tiveram como base informações do imaginário coletivo da comunidade do bairro Hamburgo Velho.

A restauração do antigo Lar da Menina está incluída no Plano Municipal de Desenvolvimento Integrado (PMDI), que prevê a recuperação do Centro Histórico de Hamburgo Velho, do Centro da cidade, do Parcão e da Sub-bacia do Arroio Pampa. A previsão é de que as obras durem 18 meses.
Fonte: Prefeitura Municipal, 2013.

Descrição: O prédio que já abrigou o Lar da Menina e também o Atelier Público Municipal ficou abandonado por vinte anos e atualmente se encontra em ruínas.
Fonte: Suzana Vielitz de Oliveira, 2009.

Histórico do Município: Antes da colonização dessas terras, os Charruas e os Minuanos povoavam a região.
A primeira tentativa de colonização com açorianos não deu resultado. Conhecido como Hamburguer-Berg, o núcleo gerador da cidade de Hamburgo Velho foi iniciado em 1824, com a fixação de imigrantes alemães e, posteriormente, italianos.

O local era propício porque lá passavam estradas que ligavam a Porto Alegre, sendo passagem obrigatória. Com a construção da estrada de ferro, em 1876, o movimento comercial foi deslocado em 3 km, surgindo a New Hamburg. O último núcleo facilmente progrediu, deixando o original em situação secundária. Novo Hamburgo é considerado a maior cidade de origem alemã do Rio Grande do Sul.

O primeiro nome foi Hamburger Berg, que significa Morro dos Hamburgueses. Mais tarde Hamburgo Velho.
Fonte: IBGE.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Suzana Vielitz de Oliveira


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