Ouro Preto – Conjunto Arquitetônico e Arqueológico da Capela de Nossa Senhora Auxiliadora de Calastróis e Cemitérios


Foto: Marco Antônio Costa – Fonte: Projeto Estação Cultura

O Conjunto Arquitetônico e Arqueológico da Capela de Nossa Senhora Auxiliadora de Calastróis e Cemitérios foi tombado pela Prefeitura Municipal de Ouro Preto-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Ouro Preto-MG
Nome atribuído: Conjunto arquitetônico e arqueológico da Capela de Nossa Senhora Auxiliadora de Calastróis e cemitérios (0,39ha)
Localização: Miguel Burnier – Ouro Preto-MG
Parecer de Tombamento

Descrição: Capela datada de 1749, foi a capela da fazenda de Álvares Maciel, pai do inconfidente José Alvares Maciel. Em 1842 ela foi fechada pela cúria devido a um assassinato de um padre na porta da capela. No final do séc XIX, Alice Wigg iniciou o restauro da capela, e ordenou que construísse a torre, reabrindo a igreja e entregando ao culto público em 1903. Atualmente conhecida como a igreja da Usina. Tombada pelo município de Ouro Preto como patrimônio histórico e cultural do município, por meio do “Decreto nº 3.291 de 27 de novembro de 2012”.
Fonte: Projeto Estação Cultura.

Descrição: Tem características do período colonial, com janelas e portas de verga arqueada, óculo barro, frontão triangular e uma única torre sineira à esquerda. A solicitação de tombamento da Capela partiu do Ministério Público Estadual.

O tombamento do bem originou de exigências legais em relação à empresa proprietária dos terrenos onde se localizam o referido Conjunto, compondo o rol de medidas mitigadoras de empreendimento ambiental.

A motivação para o deferimento foi:

Retrata uma história de ciclos de ocupação e desocupação, exploração e abandono, opulência e descaso, ainda presente na realidade daqueles territórios, credencia o Conjunto em estudo a receber a tutela do Estado, ainda mais considerado o total estado de desamparo em que se encontra. Antes que se arruíne. (OURO PRETO, CONSELHO MUNICIPAL DE PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL E NATURAL, PARECER DO TOMBAMENTO, 2011).

O tombamento se deu como uma medida compensatória em que a empresa, a qual pertence a propriedade que o bem está inserido, se comprometeu com a salvaguarda do imóvel como ação mitigadora de empreendimento ambiental, ou seja, na tentativa de contrabalancear uma ação pela outra. O pedido foi deferido baseando-se na necessidade de proteção antes que o imóvel se perca totalmente.
Fonte: Andressa Ribeiro Francisco.

Histórico do Distrito: Sobre a história do distrito, sabe-se que, desde o século XVIII, essa localidade era conhecida por “Xiqueiro do Namon” ou “Xiqueiro do Alemão” (sendo chamado somente de “Xiqueiro” no famoso mapa de Cláudio Manoel da Costa). Esse local possuía especial importância, pois possuía fazendas mineradoras e também estava próximo do Caminho Novo e o Caminho Velho, importantes rotas naquele período, no local chamado de “Rodeio”.

Mais tarde, no início do século XX, nas proximidades do “Xiqueiro”, foi instalada uma famosa fundição – a Usina Wigg – cuja produção era escoada pela estrada de ferro que ia a Ouro Preto e que passava nas proximidades. Nesse período, em razão da construção da Capela em honra a São Julião, o local passou a ser chamado de São Julião. Em 1911, o lugarejo foi elevado à categoria de distrito, e, em 1948, passou a se chamar Miguel Burnier em homenagem ao engenheiro Miguel Noel Nascentes Burnier, diretor da estrada de ferro no ano da inauguração da estação (1884).
Fonte: Prefeitura Municipal.

MAIS INFORMAÇÕES:
Andressa Ribeiro Francisco


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