Poços de Caldas – Estação do Aeroporto Municipal


Imagem: Prefeitura Municipal

A Estação do Aeroporto Municipal foi tombada pela Prefeitura Municipal de Poços de Caldas-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Poços de Caldas-MG
Nome atribuído: Estação do Aeroporto Municipal
Localização: Av. Alcoa, s/n – Jardim Aeroporto – Poços de Caldas-MG
Processo de Tombamento: Processo de Tombamento n° 15/P1

Descrição: O primeiro campo de aviação da cidade foi construído provisoriamente na época da revolução de 1932, num pasto próximo à antiga estrada para Caldas.
No dia 31 de janeiro de 1938, o Comandante Whitehead chegou à cidade como adido militar à Embaixada dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, pilotando um possante avião da Marinha Americana, que desceu no novo Campo de Aviação.

Durante a gestão do Prefeito Francisco de Paula Assis Figueiredo, o movimento turístico da cidade era muito grande e havia a necessidade de construir na estância um aeroporto de acordo com as normas aeronáuticas para facilitar a viagem dos visitantes, principalmente daqueles provenientes de Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

A revista de Poços de Caldas de 27 de setembro de 1936 noticiava:
“Entre 20 e 22 de setembro estiveram em Poços de Caldas a convite do Prefeito Municipal, o Tenente-Coronel Eduardo Gomes e o Capitão Francisco Corrêa de Mello para verificar e escolher definitivamente o local destinado ao grande aeroporto que o governo Federal construirá na estância para início do tráfego aéreo comercial de que tanto necessitamos. O local escolhido foi o Campo de Caldas, capaz de permitir a construção de um aeroporto que, talvez seja o melhor do interior, com pistas em todos os sentidos e no comprimento de 1.000 metros, o que trará grande segurança para as manobras de aterrissagem e saída, com a vantagem de não oferecer nenhum obstáculo à elevação do vôo”.

A mesma revista de 13 de junho de 1937 dizia: “com a construção do novo campo de aviação estaremos, dentro em breve ligados a São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Como se sabe, o Governo Federal mandou que se construísse aqui um Campo de Aviação com os requintes dos campos mais modernos. Esta construção está quase concluída, cuja orientação foi do Prefeito Assis Figueiredo”.

O aeroporto foi inaugurado oficialmente no dia 2 de Abril de 1938, conforme noticiou a Revista de Poços de Caldas do dia 3, com a presença do Presidente Getúlio Vargas, que havia chegado à estância no dia 27 de março, a bordo de um avião do Exército, acompanhado de membros da Casa Civil e Militar. “A inauguração do aeroporto foi um grande acontecimento social. Desde cedo a curiosidade pública estava despertada pela chegada das esquadrilhas do Exército e da Marinha, chegando os aviões emparelhados de 3 em 3, os aviões da VASP e da PANAIR, aviões particulares, sendo a manhã inteira cheia dos ruídos dos motores dos aeroplanos cortando o nosso céu. Ainda mais o feriado municipal, a presença dos Chefes de Estado, tudo despertou a curiosidade do público, que desde o meio dia começou a se transplantar para o Campo de Aviação”.

A inauguração foi simples, salientando-se substancioso discurso do Governador Valadares, que expressou a alegria de Minas Gerais por receber a auspiciosa visita do Presidente Getúlio Vargas, a quem saudou em nome do Estado. Logo em seguida saíram em vôos três a três os aviões do Exército em belíssimos e arriscados exercícios, mostrando a perícia e o arrojo dos nossos militares no ar.

Durante sua gestão, o Prefeito Joaquim Justino Ribeiro ordenou a construção de uma estrada para servir a todos os que se dirigissem ao campo de aviação. Além da “Panair”, a “Aerovias Brasil” iniciou seus vôos para Poços de Caldas a 5 de janeiro de 1945.

O Aeroporto de Poços de Caldas funcionou para aeronaves comerciais até 1991 com aviões de médio porte, sendo desativado, servindo apenas para o pouso de aviões particulares e táxis aéreos.

Localiza-se na Rodovia Poços de Caldas-Andradas, na porção Sul da cidade.
Projetado pelo Engº Otávio Lotufo, autor de obras importantes, como a Basílica Nossa Senhora da Saúde e o Casino da Urca, a Estação de Passageiros do Aeroporto Municipal foi construída em 1936, e inaugurado em 1938.

Edificada em estilo neocolonial mexicano, destacam-se como características mais significativas, o jogo de telhados em telha capa e canal. Apresenta ornamentação com azulejos, vitrais tcheco-eslovacos e piso em madeira. A torre de comando se sobressai na composição, apresentando telhado em quatro águas, óculos e aberturas em arco pleno.

A praça de embarque e desembarque de passageiros apresenta como ornamento uma Rosa dos Ventos em cerâmica, com características do neocolonial mexicano e piso em mosaicos portugueses.
Fonte: @patrimoniospocosdecaldas.

Descrição: Projetado pelo engenheiro Otávio Lotufo, o Aeroporto Municipal foi construído em 1936. Apresentando estilo neocolonial, destacam-se na edificação os telhados em telha capa e canal e os azulejos dos vitrais com motivos mexicanos. A torre de comando se sobressai na composição, além da praça de embarque e desembarque de passageiros, com gazebo, e a Rosa dos Ventos, em cerâmica.

O aeroporto Embaixador Walther Moreira Salles foi inaugurado em 1937. Com uma altitude de 1.260 metros, o Aeroporto de Poços de Caldas é o segundo mais alto dentre todos os aeroportos de médio e grande porte do Brasil, sua pista possui 1.550 metros de comprimento e comporta aeronaves de pequeno e médio portes.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: A história de Poços de Caldas começou a ser escrita a partir da descoberta de suas primeiras fontes e nascentes, no século XVIII. As águas raras e com poder de cura foram responsáveis pela prosperidade da cidade quando as terras começaram a ser ocupadas por ex-garimpeiros, que passaram a se dedicar à criação de gado. Na época, 1818, a região onde hoje se situa Poços de Caldas pertencia ao capitão José Bernardes Junqueira. Quando o senador Joaquim Floriano Godoy declarou de utilidade pública os terrenos junto aos poços de água sulfurosa, determinou também a desapropriação do local. O próprio capitão se encarregou de doar 96 hectares de suas terras para a fundação da cidade. O ato foi assinado no dia 6 de novembro de 1872, data em que se comemora o aniversário de Poços de Caldas.

Desde 1886 funcionava na cidade uma casa de banho, utilizada para tratamento de doenças cutâneas. Ela se servia da água sulfurosa e termal da Fonte dos Macacos. Em 1889 foi fundado, por Pedro Sanches, outro estabelecimento para o mesmo fim, captando água da Fonte Pedro Botelho. Ali, a água sulfurosa subia até os depósitos por pressão natural. O balneário não existe mais. Em seu lugar foram construídas, no final dos anos 20, as Thermas Antônio Carlos, um dos mais belos prédios da cidade.

Em outubro de 1886, Poços recebeu o Imperador Dom Pedro II. Ele veio acompanhado da imperatriz Tereza Cristina para a inauguração de um ramal da Estrada de Ferro Mogiana. Três anos depois a cidade foi desmembrada do distrito de Caldas e elevada à categoria de vila e município. Seu nome tem relação com a história da família real portuguesa. Na época em que foram descobertos os poços de água sulfurosa e térmica, a cidade de Caldas da Rainha, em Portugal, já era uma importante terma utilizada para tratamentos e muito frequentada pela família real. Caldas possui o mais antigo hospital termal em funcionamento no mundo, desde o século XVI. Como as fontes eram poços utilizados por animais, veio o nome Poços de Caldas.

Na década de 40, era dos cassinos, Poços recebia a visita da aristocracia brasileira, que frequentava os salões do Palace Casino e do Palace Hotel. O presidente Getúlio Vargas tinha uma suíte especial no hotel com a mesma decoração da que ele usava no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, então capital do país. O quarto ainda hoje preserva os móveis e o estilo da época, mas uma das maiores atrações do hotel continua sendo sua piscina térmica, construída num suntuoso salão sustentado por colunas de mármore de carrara.

Entre os artistas que passaram pelo Palace Casino naquela época estiveram Silvio Caldas, Carmem Miranda, Orlando Silva e Carlos Galhardo. Estiveram também em Poços de Caldas personagens ilustres como Rui Barbosa, Santos Dumont, o poeta Olavo Bilac e o romancista João do Rio. Entre os políticos, o interventor de Minas Gerais durante o Estado Novo, Benedito Valadares e o presidente Juscelino Kubitschek, entre outros, foram também presenças constantes.

A proibição do jogo, em 1946, e a descoberta do antibiótico tiveram forte impacto para o turismo na cidade. O termalismo deixou de ser a maneira mais eficaz de tratar as doenças para as quais era indicado e os cassinos foram fechados. A economia de Poços sofreu um grande abalo, mas a fase ruim foi superada com a mudança de foco no turismo. A classe média e grandes grupos passaram a frequentar as termas, a visitar as fontes e outros pontos de atração da cidade. Além disso, a cidade abrigou várias indústrias, impulsionando a economia.
Fonte: IBGE.

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