Poços de Caldas – Fonte dos Amores


Imagem: Prefeitura Municipal

A Fonte dos Amores foi tombada pela Prefeitura Municipal de Poços de Caldas-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Poços de Caldas-MG
Nome atribuído: Fonte dos Amores
Localização: R. Piauí, s/n – Poços de Caldas-MG
Processo de Tombamento: Processo de Tombamento n° 21/P1

Descrição: Criada em 1929, a fonte está localizada aos pé da Serra de São Domingos. Além da natureza exuberante e das fontes, um grande atrativo do local é uma estátua em mármore de dois jovens abraçados, esculpida pelo italiano Giulio Starace. É da Fonte dos Amores que parte a principal trilha do Parque da Serra de São Domingos, ligando o centro da cidade até o Cristo Redentor.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Um véu de água cai de degraus de pedra em meio a um belo bosque, ao seu lado, uma estátua de um casal, feita em mármore pelo escultor Giulio Starace.
Uma lenda sobre o lugar nos conta que um jovem casal apaixonado fugindo de seus pais, que eram contra seu amor, se atiraram das rochas e foram levados pelas águas.
Mas a historia verdadeira acontece quando um grupo de amigos cansados dos cassinos da cidade, resolvem passear na mata e encontram ali o fio de água clarinha escorrendo sobre as pedras, resolvem então colocar uma placa escrita a mão no lugar com o nome “ Fonte dos amores”.
Anos mais tarde em 1929 foi inaugurado o local já com a estatua, se tornando um importante e agradável ponto turístico para a cidade de Poços de Caldas projetado pelo arquiteto paisagista Dieberger . É da Fonte dos Amores que parte a principal trilha do Parque da Serra de São Domingos, ligando o centro da cidade até o Cristo Redentor.’
Em uma placa de bronze ao lado, se pode ler o poema de Alberto de Oliveira:
“Neste recanto, a amar tudo convida
Que é amar é vida
Amae, Amae.
Mas a quem pôs aqui tanta beleza,
À alma da natureza
Uma oração mandae
Amae, Orae.
Fonte: @patrimoniospocosdecaldas.

Descrição: Inaugurado em 1929, o local atrai pelo clima romântico criado pela escultura em mármore de um jovem casal abraçados, esculpida pelo italiano Giulio Starace. Duas são as lendas que envolvem a fonte. A primeira conta que um jovem casal de namorados ali se encontrava escondido dos pais, ferrenhos inimigos políticos. Desesperados por não poderem se unir pelas leis terrenas, um belo dia se atiraram do alto do rochedo e a água suavemente cobriu seus corpos como cristalina mortalha. Esta história teria inspirado a obra de Starace. Outra versão dá conta de que um jovem padre teria se apaixonado perdidamente por uma encantadora jovem, filha de um fazendeiro da região, que impedia o namoro. Decidiram fugir e se refugiaram no bosque junto à fonte. Algum tempo depois, um caçador acabou por encontrar o corpo do casal, mortos nus e abraçados, de fome e frio. Penalizado, o pai teria mandado erguer a estátua junto à fonte em homenagem à filha que morreu de amor.
Fato é que a fonte e suas águas ainda hoje inspiram crenças diversas. Diz-se por lá que, se um solteiro beber daquela água, logo se casará. E se for casado, a Poços de Caldas sempre retornará.
Fonte: IEPHA.

Histórico do município: A história de Poços de Caldas começou a ser escrita a partir da descoberta de suas primeiras fontes e nascentes, no século XVIII. As águas raras e com poder de cura foram responsáveis pela prosperidade da cidade quando as terras começaram a ser ocupadas por ex-garimpeiros, que passaram a se dedicar à criação de gado. Na época, 1818, a região onde hoje se situa Poços de Caldas pertencia ao capitão José Bernardes Junqueira. Quando o senador Joaquim Floriano Godoy declarou de utilidade pública os terrenos junto aos poços de água sulfurosa, determinou também a desapropriação do local. O próprio capitão se encarregou de doar 96 hectares de suas terras para a fundação da cidade. O ato foi assinado no dia 6 de novembro de 1872, data em que se comemora o aniversário de Poços de Caldas.

Desde 1886 funcionava na cidade uma casa de banho, utilizada para tratamento de doenças cutâneas. Ela se servia da água sulfurosa e termal da Fonte dos Macacos. Em 1889 foi fundado, por Pedro Sanches, outro estabelecimento para o mesmo fim, captando água da Fonte Pedro Botelho. Ali, a água sulfurosa subia até os depósitos por pressão natural. O balneário não existe mais. Em seu lugar foram construídas, no final dos anos 20, as Thermas Antônio Carlos, um dos mais belos prédios da cidade.

Em outubro de 1886, Poços recebeu o Imperador Dom Pedro II. Ele veio acompanhado da imperatriz Tereza Cristina para a inauguração de um ramal da Estrada de Ferro Mogiana. Três anos depois a cidade foi desmembrada do distrito de Caldas e elevada à categoria de vila e município. Seu nome tem relação com a história da família real portuguesa. Na época em que foram descobertos os poços de água sulfurosa e térmica, a cidade de Caldas da Rainha, em Portugal, já era uma importante terma utilizada para tratamentos e muito frequentada pela família real. Caldas possui o mais antigo hospital termal em funcionamento no mundo, desde o século XVI. Como as fontes eram poços utilizados por animais, veio o nome Poços de Caldas.

Na década de 40, era dos cassinos, Poços recebia a visita da aristocracia brasileira, que frequentava os salões do Palace Casino e do Palace Hotel. O presidente Getúlio Vargas tinha uma suíte especial no hotel com a mesma decoração da que ele usava no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, então capital do país. O quarto ainda hoje preserva os móveis e o estilo da época, mas uma das maiores atrações do hotel continua sendo sua piscina térmica, construída num suntuoso salão sustentado por colunas de mármore de carrara.

Entre os artistas que passaram pelo Palace Casino naquela época estiveram Silvio Caldas, Carmem Miranda, Orlando Silva e Carlos Galhardo. Estiveram também em Poços de Caldas personagens ilustres como Rui Barbosa, Santos Dumont, o poeta Olavo Bilac e o romancista João do Rio. Entre os políticos, o interventor de Minas Gerais durante o Estado Novo, Benedito Valadares e o presidente Juscelino Kubitschek, entre outros, foram também presenças constantes.

A proibição do jogo, em 1946, e a descoberta do antibiótico tiveram forte impacto para o turismo na cidade. O termalismo deixou de ser a maneira mais eficaz de tratar as doenças para as quais era indicado e os cassinos foram fechados. A economia de Poços sofreu um grande abalo, mas a fase ruim foi superada com a mudança de foco no turismo. A classe média e grandes grupos passaram a frequentar as termas, a visitar as fontes e outros pontos de atração da cidade. Além disso, a cidade abrigou várias indústrias, impulsionando a economia.
Fonte: IBGE.

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