Ponta Grossa – Acervo Fotográfico da Maria Fumaça, n° 250


Imagem: Prefeitura Municipal

O Acervo Fotográfico da Maria Fumaça, n° 250, em Ponta Grossa-PR, foi tombado por sua importância histórica.

Prefeitura Municipal Ponta Grossa-PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Acervo Fotográfico da Maria Fumaça, n° 250
Localização: Casa da Memória Paraná – R. Benjamin Constant – Ponta Grossa-PR

Descrição: Quem passa pelo Parque Ambiental Governador Manoel Ribas pode observar, situada junto à Casa da Memória Paraná, a “Maria Fumaça”, ou “250” como é mais carinhosamente conhecida pelos antigos funcionários da extinta Rede Ferroviária Federal. Símbolo de progresso, a locomotiva à vapor n° “250” foi idealizada pelo engenheiro Ewaldo Krüger, que adaptou peças de uma locomotiva Mikado 2-8-2. Com a morte de Ewaldo Krüger em 1936, seu filho Germano Krüger finalizou o projeto quatro anos mais tarde. Esse feito demonstra a alta capacidade técnica dos operários e engenheiros que operavam em Ponta Grossa, alguns saídos da oficina escola do então Ginásio Tibúrcio Cavalcanti já que a “250” foi construída, com exceção da caldeira, nas oficinas da antiga Rede Ferroviária em Ponta Grossa. Iniciou suas atividades em 1942 puxando de 6 a 8 vagões lotados de mercadorias trafegando em linhas regulares de composições mistas, servindo durante muito tempo na construção da Estrada Ferro Central do Paraná, que ligava Ponta Grossa a Apucarana transportando, inclusive, material em operações de suporte. Por contingência dos novos tempos, foi preciso que a locomotiva “250” fosse substituída por outras máquinas mais potentes e modernas, movidas a diesel. Aliás, o projeto de implantação das locomotivas à diesel começou nos anos de 1968 e 1969. Dentro desse panorama, a locomotiva “250” foi retirada do serviço em 1972 apesar de ainda conservar toda a sua capacidade de trabalho que realizava em seus melhores dias. Durante muito tempo ela ficou estacionada junto à passagem de nível da Avenida Visconde de Mauá, no bairro de Oficinas, em exposição e cumprindo missão de lembrança das velhas máquinas de transportes que muito ajudaram a construir o progresso de Ponta Grossa e do Estado do Paraná. Com a aquisição das estações da Antiga RFFSA pela prefeitura de Ponta Grossa, a “Maria Fumaça”, ou “250” foi restaurada e colocada em exposição permanente, sendo admirada por muitas pessoas que ali passam.
Texto: Luis Claudio Moutinho.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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