Ponta Grossa – Casa da Dança


Imagem: Google Street View

A edificação da Casa da Dança, em Ponta Grossa-PR, foi construída como residência para Ernesto Guimarães Villela, filho do comendador Bonifácio José Villela.

Prefeitura Municipal Ponta Grossa-PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR
Nome Atribuído: Residência de Ernesto Guimarães Villela / Casa da Dança
Localização: R. João Lux, esquina com R. Sete de Setembro – Ponta Grossa-PR
Processo: 01/2002

Descrição: Antiga residência de Ernesto Guimarães Villela, filho do Comendador Bonifácio José Villela. Ponta-Grossense, nascido em 1859, era casado com Maria Sofia novais Ribas, com quem teve dois filhos. Era um dos titulares da firma Bonifácio Villela e Filhos, com a morte do comendador passou a se chamar firma Ernesto Villela e Irmãos.

Assumiu o cargo de Prefeito de Ponta Grossa em 1896, sendo eleito, reeleito e nomeado, permanecendo por 12 anos no executivo. Durante a sua gestão foram construídos chafarizes no Largo do Rosário, hoje Praça Barão do Rio Branco, para o abastecimento da cidade, numa época em que não havia rede de água.

Em 1899 concedeu terrenos á companhia estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande para a construção da Estação Ferroviária e terrenos em Uvaranas para a Instalação do Exército. Inaugurou a rede de iluminação elétrica (1905), fundou a primeira escola de comércio, denominada Instituto Dr. João Candido Ferreira e iniciou as obras de Matriz de Sant’Ana, demolida em 1977. Incluiu-se também na sua administração, a nominação de algumas ruas e a conclusão do calçamento da Rua XV de Novembro.

Rua Pe. João Lux e Rua Sete de Setembro – estilo eclético, a construção tem uma presença importante do local, sendo sua escala compatível com o entorno. De um pavimento com porão, cobertura de 4 águas, telhas francesas embutidas numa platibanda ornamentada, inclusive, com balaústres. No corpo da construção existem cimalhas, frisos, relevos, apliques, medalhões e almofadas, além de mãos francesas e molduras ao redor dos vãos. O reboco possui delicados relevos que dão textura ás paredes.

Informações:
Jornal da Manhã. Ponta Grossa, 15 de setembro de 1984
Jornal Diário da Manhã. Ponta Grossa, 15 de março de 1992
TRINDADE, José Pedro (org.). Álbum do Paraná. Curitiba, 2.ed.,vol. I, 1927
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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2 comments

    1. Bom dia,
      Sugerimos que entre em contato diretamente com a instituição.
      O contato que encontramos online é o seguinte:
      Telefone: (42) 3223-8204
      Atenciosamente,
      Equipe iPatrimônio

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