Ponta Grossa – Casa Justos


Imagem: Prefeitura Municipal

A Casa Justos, em Ponta Grossa-PR, foi edificada para o Sr. Christiano Justos, descendente de imigrantes russo-alemães procedentes do Volga.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Casa Justos
Localização: Rua do Rosário, esquina com R. Francisco Ribas – Ponta Grossa-PR
Processo: 08/2001

Descrição: Localizado na Rua do Rosário esquina com a Rua Francisco Ribas. O imóvel foi edificado pelo Sr. Christiano Justos e serviu-lhe de residência. Descendentes de imigrantes russo-alemães procedentes do Volga, a família Justa radicou-se na região dos Campos Gerais. Possui dois pavimentos, sendo térreo em estilo eclético e o superior construído posteriormente estilo Art. Decô. Ao longo dos anos sofreu poucas alterações no espaço interno e algumas nas fachadas. Neste ano de 2019 foi finalizada a revitalização do edifício comprado pelos empresários Carlos e Rogerio Kloster, que usam o empreendimento para ampliar a loja Ultrapack. Tombada no ano de 2001.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: O imóvel foi edificado pelo Sr. Christiano Justos e serviu-lhe de residência. Descendentes de imigrantes russo-alemães procedentes do Volga, a família Justos radicou-se na região dos Campos Gerais. Possui dois pavimentos, sendo térreo em estilo eclético e o superior construído posteriormente estilo Art. Decô.  Ao longo dos anos sofreu poucas alterações no espaço interno e algumas nas fachadas. No ano de 2019 foi finalizada a revitalização do edifício comprado pelos empresários Carlos e Rogerio Kloster, que usam o empreendimento para ampliar a loja Ultrapack.

No referido imóvel, residiu o Cel. Christiano Justus Jr., descendente de família de imigrantes russo-alemães procedentes do Volga, sul da Rússia. A família Justus radicou-se na região dos Campos Gerais como agricultores e pecuaristas, na localidade de Entre Rios, hoje Guaragi.

Com o passar dos anos, destacaram-se no ramo dos negócios, e Christiano Justus dedicou-se á fabricação de banha e laticínios, tornando-se grande comerciante, reconhecido em todo Estado do Paraná. Merece destaque também, o estabelecimento Casa Comercial Justus S/A – Comércio e Exportação, conceituado devido ao bom atendimento e aos melhores estoques, sendo que vários municípios do Estado faziam compras no atacado para revender em armazéns.

Com o progresso da família, puderem ser observadas belas construções, sendo uma destas o imóvel em questão, a residência do empresário e comerciante Christiano Justus Jr, situada á Rua do Rosário, esquina com a Rua Francisco Ribas.

Biografia do Cel. Christiano Justus Jr.

O Cel. Christiano Justus Jr. Nasceu em Guaragi, distrito de Ponta Grossa, em 24 de maio de 1889. Descendendo de família humilde, pois seus pais eram imigrantes vindo do Volga (russo-alemães), este começou sua vida comercial desde menino, comprando suínos.

Tendo casado em Ponta Grossa com D. Helena Hilgemberg, também natural de Guaragi, logo, com a ajuda da esposa, desenvolveu suas atividades da industrialização de porcos.

Já em 1912, contribuía de maneira acentuada para o desenvolvimento da Princesa dos Campos, com sua primeira indústria de abate de suínos. Posteriormente, desenvolveu outras atividades, como: erva mate, serrarias, beneficiamento de madeira e fábrica de caixas, agricultura e pecuária, sempre acreditando no progresso da cidade.

Pensando em centralizar seus interesses em Ponta Grossa, deu início a uma série de cometimentos, entre estes, o de loteamento, dando condições de abrigo e expansão a vários municípios, bem como ao comércio em geral.

Também foi um dos criadores do Jóquei Club de Ponta Grossa (antes só havia o hipódromo), e como criador de cavalos de corrida, participou de Grandes Prêmios na cidade e outras localidades.

Em atividades políticas, Christiano Justus exerceu mandato do Legislativo Municipal, tendo sido líder do então Partido Social Democrático da cidade (década de 1930) e concorrido a eleições para o executivo.

O Cel. Christiano Justus Junior, foi homenageado, tornando-se nome de uma praça localizada no Bairro da Ronda, em frente ao n° 326 da Rua Professor Cardoso Fontes.

Informações: Secretaria Municipal de Ponta Grossa, 28 de agosto de 1978.
Projeto de Lei n° 58/78
Acervo Casa da Memória.
Pesquisadoras: Isolde Maria Waldmann e Carla Scariote
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

 


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