Ponta Grossa – Castelo dos Baixinhos


Imagem: Prefeitura Municipal

O Castelo dos Baixinhos, em Ponta Grossa-PR, foi construído em 1919 por José Domingues Garcia.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Castelo dos Baixinhos
Outros Nomes: Mansão Vendramini
Localização: R. Augusto Ribas, n° 570/580/590 – Ponta Grossa-PR
Processo: 52/2001

Descrição: Localizado na Rua Augusto Ribas, o imóvel foi construído em 1919 por José Domingues Garcia. Em 1920 foi efetuada a venda do prédio para Dr. Candido de Mello e Silva. Em 1936 encontram-se registros da ocupação do imóvel pelo consultório odontológico de Antônio Vendrami, seu atual proprietário. Entre 1991 – 1999 foi ocupado pelo Berçário e Maternal Castelo dos Baixinhos. Tombado em 2001.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: O imóvel foi construído em 1919 por José Domingues Garcia. Em 1920 foi efetuada a venda do prédio para o Dr. Cândido de Mello e Silva. Nascido no ano de 1880 em Curitiba, era formado em farmácia, Odontologia e Medicina pela Faculdade do Rio de Janeiro. Foi capitão médico da Força Militar, médico Municipal de Antonina e de Guarapuava, além, de auxiliar do Instituto Oswaldo Cruz.
Justificativa Arquitetônica

A construção conhecida como Castelo dos Baixinhos é um representante singular de arquitetura eclética na cidade, já que apresenta uma mistura de estilos com uma grande quantidade de detalhes.

Trata-se de uma construção de alvenaria de um pavimento com aproveitamento de porão. É importante observar que existe uma grande distância entre o nível do pavimento térreo e o piso da rua, o que é típico das antigas “Ruas das Tropas”. Essa faixa não possui nenhuma ornamentação.

A construção é de meio de quadra, com a fachada junto ao alinhamento predial, sendo que a entrada principal se dá pela lateral, ao se atravessar por um portão de ferro forjado que dá para a escada de acesso.

A cobertura de telhas cerâmicas foi substituída por telhas de fibrocimento, mantendo, entretanto, o mesmo volume de duas águas com cumeeira paralela á fachada principal, existindo beirais nas demais faces da construção.

A platibanda é modulada por elementos verticais em relevo e alvenaria, os quais são encimados por coruchéis e ânforas. Entre cada um dos mencionados elementos verticais existem relevos retangulares na alvenaria, e no centro da platibanda existe um frontão, encimado por uma cornija sinuosa e possuindo relevos na argamassa ao centro.

Dividindo o corpo da casa da platibanda existe um friso e uma grega, abaixo dos quais os vãos se dispõem de forma modulada entre os elementos verticais da platibanda. Por toda a fachada principal se encontram relevos na alvenaria com motivos naturais.

Um vão central dá para um pequeno balcão, protegido por um gradil de ferro forjado. Todos os vãos são encimados por arco abatidos e vedados por esquadrias de madeira de duas folhas de abrir com bandeiras na parte superior.

Do lado esquerdo de quem da rua olha existe um estreito anexo, posterior á construção, em estilo Art. Decô, que está integrado ao restante da construção e deve ser preservado como uma intervenção tardia que não prejudica a harmonia do todo.

O edifício localiza-se em uma área cuja a preservação da escala e das construções particular é muito importante devido á qualidade e quantidade de construções históricas, e o edifício em questão, em particular, merece destaque por sua singularidade da paisagem da cidade.
Texto: Ana Paula Baars
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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