Ponta Grossa – Colégio Estadual Munhoz da Rocha


Imagem: Prefeitura Municipal

O Colégio Estadual Munhoz da Rocha, em Ponta Grossa-PR, no distrito de Guaragi, foi construído em 1928.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Colégio Estadual Munhoz da Rocha
Outros Nomes: Colégio Estadual “Dr. Caetano Munhoz da Rocha”
Localização: R. Cerro Azul – Guaragi – Distrito de Guaragi – Ponta Grossa-PR
Processo: 04/2003

Descrição: Localizado na Rua Cerro Azul, no distrito de Guaragi, o prédio do estabelecimento de ensino foi construído em 1928, pelo então Estado do Paraná, Dr. Caetano Munhoz da Rocha. Neste as atividades educacionais tiveram inicio em 1929 sob a direção do Prof. Ricardo Sant’Ana, com 75 alunos matriculados nas 1° e 2° séries do curso primário. Em 1957, o distrito de Guaragi passou a pertencer a Ponta Grossa, e o Colégio Munhoz da Rocha permanece, até os dias de hoje, como o mais importante estabelecimento de ensino de Guaragi. Tombado em 2002.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: O prédio do estabelecimento de ensino em questão foi construído em 1928, pelo então governador do Estado do Paraná, Dr. Caetano Munhoz da Rocha, que após anos de reivindicação da população representada pelos políticos da região, fundou no município o “Grupo Escolar de Entre Rios”. Neste, as atividades educacionais tiveram início em 1929 sob a direção do prof. Ricardo Sant’Ana, com 75 alunos matriculados nas 1º e 2º séries do curso primário.

Em 1933, tiveram início no prédio as aulas para alfabetização de adultos, sob a direção do prof. Normalista Antônio Bandeira Fontoura (pai do ator Ari Fontoura), tendo funcionado até 1937, com uma média de 10 alunos por turma.

Em 1940 a escola recebeu nova denominação: Grupo Escolar Dr. Munhoz da Rocha, em homenagem ao seu fundador, influente político paranaense que foi presidente do Estado no ano da fundação do educandário. Essa alteração ocorreu no período em que o município de Entre Rios enfrentavam um processo de decadência, passando a fazer parte do município de Palmeira.

Em 1957 o Distrito de Guaragi passou a pertencer a Ponta Grossa, e o Colégio Munhoz da Rocha permanece, até os dias de hoje, como o mais importante estabelecimento de ensino daquela localidade.

Histórico da Educação em Guaragi: Desde sua fundação, em 1890, a vila de Entre Rios contava com ensino primário. Vários foram os professores nomeados e transferidos nestes locais, e várias foram as escolas construídas no município de Entre Rios. Entre suas honrosas tradições, foi um dos principais centros educacionais paranaenses, pois desde 1904 contava com renomeado Instituto Profissional de Comércio e Agronomia, sob a competência da direção do educador, jornalista e escritor Antônio Gomes de Oliveira, que juntamente com seu pai Jacinto Gomes, foi a mola mestre do progresso de Entre Rios, pois contavam com várias escolas isoladas em Roxo-Raiz, Guabiroba, Guaraúna, etc…

Em 1913 destacou-se a prof. Florisbela Lisboa Pezzi, em ensino particular. Em 1914, a professora normalista D. Estelita Queiroz Garcia, Ortolino Pinheiro. Em 1916 foi nomeado o professor Octacílio Pinheiro para ocupar a cadeira de matemática. Pelo decreto nº2054, o Governador do Estado, por proposta do Diretor Geral de Educação, nomeou a professora provisória Silvana Rodrigues para a regência da Escola de Roxo-Roiz.

Tivemos em 30 de dezembro de 1916 a transferência do prof. Normalista estadual Manoel França do Nascimento, para reger interinamente a cadeira do sexo masculino, no município de Entre Rios. Pelo Decreto nº9, foi removida da escola de Antonina para a escola de Entre Rios, a professora Olga da Silva Balster, em 17 de fevereiro de 1917; Alcides Ribeiro veio transferido de São Mateus do Sul.

Em 1915, morre o prof. Antônio Gomes de Oliveira, criador do Instituto Profissional de Comércio e Agronomia; jornalista, músico, maestro, escritor e poeta, era líder da comunidade, muito amado pelo povo. Contam que pediu ajuda ao governador do Estado para manter sua escola, mas esta nunca chegou, causando um desgaste físico e mental ao seu criador, que não reagiu, vindo-lhe causar a morte súbita, e ficando no abono o seu ideal. A escola faliu e sua família também.

Alguns amigos foram pedir ajuda financeira para o governador estadual, que lhes ofereceu uma mísera pensão, mas auxiliou muito a viúva do professor naquele momento de grande necessidade. Outros amigos da Maçonaria construíram uma casa para a família do professor, estando ainda hoje em boas condições. Em 02 de novembro de 1920, Antônio Gomes de Oliveira recebeu homenagens dos prefeitos Julio Moleta e Vitor Grein. Em Guarapuava uma sala na Escola de Agronomia leva o seu nome.

Com a perda do grande líder e pioneiro Antônio Gomes, a cidade ficou à mercê de elementos que preferiam a indiferença à dar continuidade à sua luta, e entrou num processo de decadência, perdendo parte de suas conquistas.

Em 1923, a população do município de Entre Rios contava com mais de 10.000 habitantes. Funcionavam nesta época duas escolas promíscuas (com turmas mistas), tendo como professoras Maria Rosa e Anita Albach, sendo inspetor o prof. Antônio Pereira Branco.

Em 1928, o médico e então Presidente do Estado do Paraná Dr. Caetano Munhoz da Rocha funda em Entre Rios o Grupo Escolar de Entre Rios, que iniciou suas atividades no atual prédio, em fevereiro de 1929, sob a direção do prof. Ricardo Sant’Ana, com os seguintes professores: Otávio de Mattos Leão, Cidul Gonçalves, Maria Olímpia Souza Bello, Palmira Dias da Silva, Maria Rita de Mattos, que passaram a formar o corpo docente deste estabelecimento de ensino, e com a zeladora Maria Elvira Franco de Oliveira, pagos pela prefeitura de Entre Rios, cujo prefeito na época era o Sr. José Antônio Branco.

Esse estabelecimento de ensino iniciou suas atividades com uma matrícula inicial de 75 alunos com dois turnos de 1º e 2º anos.

Em 1930 a direção do estabelecimento passa para o prof. José Petruza, que com o mesmo esforço leva adiante o ensino de Entre Rios até 1933, quando teve início o funcionamento de uma escola noturna para atendimento dos adultos, com a matrícula de 12 alunos e que levou o nome de Escola Operária, regida pelo professor normalista Antônio Beira Fontoura, que assume a direção da escola.

Em 1940, este educandário sob a direção da professora Sofia Kayssel de Oliveira, passa a funcionar do 1º ao 5º ano, com 14 alunos e com o corpo docente formado por 5 professores.

Em 1940, Entre Rios passou a pertencer ao município de Palmeira, destacando-se neste período os seguintes professores: Rosalva Quintilhano, Leonor Dias, Maria Olímpia B. Gulmini, Maria Elvira Justus, Otávio de Mattos Leão, Joanita Flori de França.

E assim a história de Guaragi se processa gradativamente. Citamos a seguir diretores e professores que com seus abnegados e dedicação elevaram o ensino do Distrito de Guaragi.

Os moradores mais antigos de Guaragi não esquecem seus bons professores, entre eles: prof. Octacílio de Mattos Leão- foi bom educador, de caráter exemplar.

Professor Alcídio Ribeiro, orador, veio transferido para a cadeira do sexo masculino da Vila Entre Rios, em 05 de julho de 1916. Foi um grande orador, escritor, com uma cultura sem par. Muitos historiadores descrevem a personalidade do professor Alcídio Ribeiro como um intelectual “que escrevia os discursos quando alguém estava falando e discursava sem escrever”. Foi um grande mestre, tanto uma escola rural, situada na colônia de Santa Cruz, Distrito de Guaragi, leva seu nome.

Na Matemática, destacou-se o professor Sílvio Berger. Seus alunos contam como decoravam as tabuadas e aprendiam a “fazer contas de vezes e de dividir”; segundo eles, o prof. Cobrava muito dos alunos que não faziam as lições, mas o que aprenderam com ele nunca mais esqueceram.

Em 1990, o senhor Romano Wojciechowski, então com 78 anos de idade e ainda residindo em Guaragi juntamente com sua esposa D. Escolástica de Mello, declarou que ambos foram alunos do professor Octacílio de Mattos Leão.

Não poderíamos nos esquecer de citar o Tenente Licurgo Negrão, poeta que escreveu a história das lendas da Fonte do Bicão e do Capão Andante. Licurgo Negrão defende a criação de um Recanto em Guaragi, onde provavelmente teria sido o ponto de partida para a formação do povoado de Bela Vista.

A partir de 1976, o distrito pontagrossense de Guaragi através do Corpo Docente do Grupo Escolar Dr. Munhoz da Rocha, vem integrar-se ao Movimento do Brasil Grande- reivindica (ao Programa de Educação) a implantação da lei nº 5.892/71- da Reforma do Ensino de 1º Grau, com uma matrícula de 200 alunos, distribuídos em dois turnos de 1º a 7º séries.

Nesse período a escola era dirigida pela professora Lúcia S. Werner. O Corpo Docente era composto por seis professoras, sendo três normalistas, duas licenciadas em História, uma em Letras e uma em Matemática.

No grupo Escolar Dr. Munhoz da Rocha atualmente vem funcionando o curso de Ensino Médio, não havendo a necessidade do deslocamento dos jovens estudantes para Ponta Grossa. Há também a biblioteca Pública “Prof. Antônio Beira Fontoura”.

Por fim, lembramos alguns ex-alunos do Grupo Munhoz da Rocha que destacaram-se no cenário mundial: Orlando Carbonar, cônsul na Itália; João Pilarski, pintor primitivista reconhecido internacionalmente; e ainda Geraldo Wojciechowski, vereador por três mandatos, chegando a prefeito interino de Ponta Grossa
Texto: Isolde Maria Waldmann
Revisão de texto: Erickson Artmann
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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