Ponta Grossa – Colégio Sant’ana


Imagem: Prefeitura Municipal

O Colégio Sant’ana foi fundado em 21 de março de 1905, pela Congregação do Verbo Divino. Foi a primeira escola confessional católica de Ponta Grossa-PR.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Colégio Sant’ana
Localização: R. Pinheiro Machado, n° 189 – Ponta Grossa-PR
Processo: 87/2001

Descrição: Em 1903, a Paróquia de Sant´Ana em Ponta Grossa foi confiada aos padres da Congregação do Verbo Divino para o trabalho de pastoral paroquial. Três religiosas iniciaram os trabalhos escolares em 1905: Irmã Regina, Irmã Dionysia e Irmã Suitberta, que fundaram a Casa das Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo, em 21 de março de 1905, e a primeira escola confessional católica estabelecida em Ponta Grossa, o Colégio Sant’Ana. O Colégio Sant’Ana vem funcionando ininterruptamente desde a data de sua fundação até os dias de hoje, formando gerações em toda a região dos Campos Gerais.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: A educação religiosa inicia em Ponta Grossa com a vinda de três irmãs missionárias da Congregação Servas do Espírito Santo em 1905, que tinha como objetivo a missão de propagar a fé católica e a educação dos filhos dos imigrantes alemães vindos para região na década de 1880. A cidade já tinha escolas, mas eram vistas como precárias e os alemães reclamavam por uma escola no mesmo patamar do modelo europeu, sobretudo em relação ao idioma alemão como perpetuação de sua cultura, pois as aulas eram ministradas em alemão.

A escola que as irmãos assumiram foi a Escola Paroquial, criada em 1903 pelo Padre Aloys Berger da mesma congregação das irmãs, Sociedade Verbo Divino, já mudando o nome para Colégio Sant’Ana, que já possuía trinta alunos e era localizado em uma casa de madeira na Rua Coronel Cláudio (atual Lojas Leves) e servia como escola e casa das irmãs, permanecendo por pouco tempo devido as hostilidades de alguns moradores pelo fato de serem religiosas. Depois se mudaram e construíram uma casa na Rua Augusto Ribas (antiga Casa Lorde) quase de frente a Largo do Rosário (Praça Barão do Rio Branco). Já em 1907 a escola possuía cento e quarenta alunas, sendo que a procura não estava restringida aos alemães, mas também aos poloneses, exigindo que fosse criada a Escola Polonesa com aulas ministradas no Polonês.

Pouco tempo depois chegaram em Ponta Grossa os padres da mesa congregação das freiras, iniciando um trabalho pastoral na igreja da cidade e também se dedicando a educação, fundando o Colégio Diocesano São Luiz, exclusivamente para meninos.

A Congregação Verbo Divino foi fundada pelo padre alemão Arnaldo Jansen que via como a principal missão de um religioso: sair pelo mundo e mostrar Deus. Isso tudo sendo forçado com a perseguição dos católicos na Alemanha governada por Bismarck. Padre Arnaldo, devoto do Sagrado Coração, já em 1878 começou a divulgar suas ideias através de uma revista e mais tarde fundando uma tipografia para aumentar sua produção e dinamizando a circulação, conseguindo com isso adeptos e aumentando assim o número de sacerdotes e missionários para sair pelo mundo. As mulheres também buscavam e deste modo ele fundou a Congregação Servas do Espírito Santo.

Em 1908, com maior número de irmãs e com a expansão das atividades, devido a ajuda dos padres verbitas, foi comprado dois terrenos, um atrás da Capela do Rosário e outro destinado a construção do Colégio Sant’ana na Praça Barão do Rio Branco esquina com a Rua do Rosário, onde atualmente está o CEBEEJA. O prédio foi construído num terreno comprado que pertencia ao Comendador Bonifácio Vilela, era bem maior contendo várias salas de aula, capela e quarto das irmãs.

No terreno atrás da Capela do Rosário os padres construíram uma casa de madeira onde foi fundado o Colégio São Luiz, exclusivamente para meninos, e em 1917 foi erguido um prédio em alvenaria com três andares, servindo como moradia dos padres. Padre João Lux, nascido na Alemanha, dirigiu e lecionou por anos no Colégio.

Acréscimo de disciplinas regulares do Ensino Primário: religião, leitura, escrita, aritmética e também canto, ensino religioso e trabalhos manuais para as meninas e os alunos maiores tinham catecismo, história sagrada, leitura, aritmética, gramática, geografia, história nacional, desenho, canto, trabalhos manuais, leitura e escrita alemã para os que optarem. Além de funcionar como internato, uma vez que grande parte de seus alunos eram do interior.

As freiras também assumiram outras atividades além da escola, organizando a liturgia nas celebrações das capelas e também a preparação catequética, primeiramente na Paróquia Sant’Ana e do Rosário e depois de localidades onde estavam assentados os alemães e poloneses, como a capela do Divino Operário no Pelado (Oficinas), mais tarde a capela da Santa Casa de Misericórdia, do Hospital 26 de Outubro e várias outras.

Com o acirramento da 1ª Guerra Mundial, em 1917 foi fechada por tempo indeterminado e também a proibição do idioma alemão. A partir da década de 1920 a escola começou admitir professoras legais, e em 1936 uma lei federal proibia pessoas estrangeiras de atuarem no magistério.

Em 1933, chegou a cidade as irmãs da Polônia para cuidar de outro colégio assumido a Escola Polonesa e transformando em Escola Sagrada Família.

Com o passar do tempo foi assumindo mais presença na educação pontagrossense, cirando em 1941 o curso para admissão do Ginásio e em 1942 conseguiu a licença para a implantação do Curso Ginasial. Em 1946 foi criado o curso Normal para a formação de professores, o qual funciona até hoje.

Em janeiro de 1950 as duas congregações, do Verbo Divino e das Servas do Espírito Santo, trocaram de prédio entre si de comum acordo. Assim o Colégio São Luiz passou a funcionar no prédio da Praça Barão do Rio Branco e o Colégio Sant’Ana na Rua Pinheiro Machado.

A partir disso, a ampliação de seu funcionamento com o segundo grau, cursos técnicos, reformas estruturais, construção do ginásio de esportes foram acontecendo conjuntamente com as mudanças das demandas educacionais da sociedade, sendo a Faculdade Sant’Ana outro desafio que a partir de 2001 foi assumido pela instituição.
Fontes:
ALMEIDA, Isabel A. Colégio Sant’ana 100 anos de Educação e Evangelização em Ponta Grossa, 2005.
Diocese de Ponta Grossa cinquentenário 1926-1976
OLIVEIRA, Josefredo Cercal. Educadores Pontagrossenses 1850-1950, UEPG 2002.
RETIRADO DO SITE DA PREFEITURA MUNICIPAL.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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