Ponta Grossa – Concha Acústica


Imagem: Prefeitura Municipal

A Concha Acústica, em Ponta Grossa-PR, foi inaugurada em abril de 1938. Projeto do arquiteto e engenheiro Carlos Bonfily.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Concha Acústica
Localização: Praça Barão do Rio Branco – Ponta Grossa-PR
Processo: 02/2003

Descrição: O prédio está localizado na Praça Barão do Rio Branco e Rua Augusto Ribas. Foi construído na gestão do Prefeito Municipal Albary Guimarães, sendo inaugurado em abril de 1938. A construção em alvenaria foi projeto do arquiteto e engenheiro Carlos Bonfily, que na época criou um espaço em forma de concha com uma acústica, onde deveriam ser realizadas apresentações artísticas como: música, danças folclóricas, teatros e outras. O prédio da concha acústica recebeu a denominação de “Carlos Gomes”, músico e compositor brasileiro. Tombado em 2003.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: O prédio em questão está localizado na praça Barão do Rio Branco e Rua Augusto Ribas. Foi construído na gestão do prefeito municipal Albary Guimarães, sendo inaugurado em abril de 1938.

A construção em alvenaria foi projetada pelo arquiteto e engenheiro Carlos Bonfily, que na época criou um espaço em forma de concha com uma acústica, onde deveriam ser realizadas apresentações artísticas como: música, danças folclóricas, teatro e outras. O prédio da Concha Acústica recebeu a denominação de “Carlos Gomes”, músico e compositor brasileiro.

Serviu como palco para as diversas autoridades que visitaram Ponta Grossa durante as comemorações de datas cívicas e também para os comícios das campanhas políticas, como Getúlio Vargas, Manoel Ribas, Caetano Munhoz da Rocha Neto, entre outros, além das manifestações públicas de trabalhadores e estudantes.

Em 1960, o prefeito José Hoffmann mandou construir um anexo para abrigar a Banda Escola Lyra dos Campos. Este foi denominado Maestro Paulino Martins Alves, que era o responsável pela regência e pela educação dos integrantes da banda, que também ensaiava na própria concha e era apreciada pela população, mesmo durante os ensaios. Ali funcionou também um posto médico de puericultura.

Durante as comemorações de 7 e 15 de setembro, era grande o número de alunos e professores que concentravam-se na Praça Barão do Rio Branco, depois do tradicional desfile com seus uniformes, sendo acompanhados pela banda de música 13º BIB e demais bandas e fanfarras escolares. A professora Judith da Silveira destacou-se na organização destes desfiles na década de 40, e mais tarde foi homenageada com um busto na praça.

Em dezembro de 1988, a banda Lyra dos Campos foi transferida para uma nova sede construída na gestão do prefeito Otto Santos da Cunha, e a Concha Acústica passou a abrigar os guardas e serventes da Praça Barão do Rio Branco, num período em que o movimento na praça era muito grande em função do terminal de transporte coletivo que ali funcionava.

Durante a década de 80 a Secretaria de Educação e Cultura, através do Departamento de Cultura, desenvolveu o projeto cultural “Sexta ás Seis”, com a finalidade de utilizar o palco da Concha Acústica para apresentações de bandas musicais de vários gêneros, peças de teatro, danças folclóricas, retretas e outras, sempre às sextas-feiras a partir das 18 horas.

Em 1933 o prédio foi desativado para a realização de reformas, conservando as características originais da época de sua construção, sendo reinaugurado em 1994 pelo prefeito Paulo Cunha Nascimento e pela Secretária da Educação e Cultura, Railda A. F. Shiffer.

Atualmente o prédio, mantido pela Prefeitura Municipal, abriga em suas salas a seção de artesanato, com a exposição e venda de produtos confeccionados por artesãos de Ponta Grossa.

Praça Barão do Rio Branco
No início do século XX, a cidade de Ponta Grossa começou a expandir-se em direção à segunda colina, onde esta instalada a sede da SANEPAR, a Santa Casa de Misericórdia e o Cemitério São José. Novas ruas foram abertas e delimitadas, outras já existentes foram prolongadas e arborizadas.

Na baixada em confluência com as ruas das Tropas e Cel. Cláudio ficava a nascente do arroio Pilão de Pedra, que acabou se tornando uma “barroca” abandonada e servindo como depósito de lixo. Era passagem das tropas que se dirigiam para Castro, passando nessa época onde hoje é o centro da cidade. A antiga Igreja do Rosário, construída pelos escravos no fim do século XIX, ficava a poucos metros ao norte do pequeno vale do Pilão de Pedra.

Durante o governo de Manoel Ribas o Estado do Paraná investiu na construção de escolas, Quartel General e logradouros públicos, incluindo a criação de parques infantis entre outros.

Nesta época, na década de 1930, era Prefeito de Ponta Groissa o Sr. Albary Guimarães, que investiu em obras modernizando as ruas e revitalizando as praças, e realizando afim a urbanização do largo do Rosário, que deu origem à praça Barão do Rio Branco, com seu Parque Infantil, a Concha Acústica, a Fonte Luminosa, o muro de arrimo e os banheiros. A Igreja do Rosário foi demolida em 1942, para que ali fosse construída a nova Igreja da Diocese de Ponta Grossa.

Na década de 50 a praça Barão do Rio Branco tornou-se um cartão postal e ponto turístico, visita obrigatória para quem estava viajando de trem, mesmo de passagem, pois o mesmo fazia sua parada na estação durante duas horas, aguardando os passageiros que iam passear pela cidade, conhecer a bela Fonte Luminosa, o Ponto Azul, apreciar as flores do jardim e os desenhos dos buchinhos aparados em diferentes formatos. Nesta época, durante a administração do prefeito José Hoffman, o trecho da rua Sant’Ana que divida a praça em duas partes foi fechado e a praça unificada, valorizando os pedestres e transformando o espaço no novo centro cívico e popular da cidade. A praça recebeu ainda um novo tratamento paisagístico, com a criação de canteiros irregulares, sinuosos e a plantação de diversas árvores de médio e grande porte que com o tempo a transformariam numa espécie de bosque em meio aio trânsito de muitos ônibus e carros que a circundavam durante a segunda metade do século XX.

Na década de 70, com a febre das grandes demolições que substituiu diversas construções históricas por edifícios novos no centro da cidade, também na praça foram demolidos o Ponto Azul, a Fonte Luminosa e o Relógio de Sombra. No início dos anos 80, por pouco a praça inteira não foi destruída para dar origem a um terminal de transporte coletivo semelhante aquele que mais tarde foi construído na área da estação ferroviária. A praça sobreviveu graças à mobilização da população, principalmente de estudantes da UEPG e de colégios de 2º grau, que chegaram a acampar em torno da estátua de Tiradentes e a subir nas árvores para impedir que estas fossem cortadas quando o então prefeito Luiz Carlos Zuk ordenou que funcionários da prefeitura munidos com motosserras derrubassem tudo. Infelizmente, diversas árvores que haviam sido plantadas havia décadas (inclusive um espécime de Pau Brasil, raríssimo em toda a Região Sul do país), foram eliminadas na ocasião.

Já em 1999, o prefeito Jocelito Canto ordenou a reabertura do trecho da rua Sant’Ana que hoje divide a praça em duas partes, passando pelo local onde existia um monumento sobre o qual ficava a estátua de Tiradentes. Outras modificações foram feitas nesta época, como a substituição da faixa de gramado em torno ao tanque de peixes por calçamento e concreto, que chega até o tronco de algumas árvores, atrapalhando seu desenvolvimento natural.

Mesmo assim, a praça é um dos principais legados de uma antiga Ponta Grossa, bem mais romântica do que esta em que vivemos neste século, e é também um dos poucos espaços ainda arborizados no centro, exatamente no centro da cidade.
Texto: Isolde Maria Waldmann e Erickson Artmann
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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