Ponta Grossa – Escola Tibúrcio Cavalcanti


Imagem: Prefeitura Municipal

A Escola Tibúrcio Cavalcanti, em Ponta Grossa-PR, foi fundada pelo Coronel Durval Brito e Silva, em 1940, em parceria com o Sindicato Unitivo Ferroviário.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Escola Tibúrcio Cavalcanti
Localização: R. Santos Dumont, n° 130, esquina com R. General Carneiro – Ponta Grossa-PR
Processo: 20/2001

Descrição: A escola Tibúrcio Cavalcanti foi fundada pelo Coronel Durval Brito e Silva em 29 de setembro de 1940, em parceria com o Sindicato Unitivo Ferroviário (que funcionava neste mesmo prédio). Mas a ideia de implantar a escola foi do Coronel Tibúrcio Cavalcanti, motivo do nome da escola. O propósito da mesma era formar mão de obra especializada para a Rede Ferroviária. Portanto a importância da histórica do imóvel é incontestável, pois além de abrigar a Escola, a partir de 1902 funcionava no prédio uma fábrica de pregos de propriedade da família Kossatz. Tombado em 2001.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Desde a primeira concessão de linha ferroviária em favor da empresa francesa Compagnie Generale des Chemins de Fer du Paraná em 1885, o treinamento técnico-profissional para os funcionários já era utilizado.

No final da década de 1930, a Rede Viação Paraná- Santa Catarina, que já estava sob a direção da União, criou o Sistema de Ensino e Seleção Profissional para oferecer aos funcionários ferroviários cursos técnicos para atender as necessidades do setor ferroviário, que na época estava em processo de crescimento. Mais tarde, mais ou menos 1940, foram criadas as escolas ferroviárias com esse mesmo fim e, principalmente, permitia que a industrialização em todos os setores da economia se concretizasse, já que era a meta do governo Vargas industrializar o país com todos os meios possíveis.

Era um fator decisivo para o progresso de Ponta Grossa a inauguração da Escola Tibúrcio Cavalcanti. Conforme jornais da época, foi um grande acontecimento político e social, em que compareceram autoridades municipais e estaduais, e jornalistas de outros estados como a Gazeta de Notícias (RJ), que elogiaram a escola por ser bem equipada. Possuía a intenção de passar os alunos a ideia de engrandecer a pátria como o espírito cívico dentro da sala de aula ou em comemorações, pois isso era a força necessária para alavancar à industrialização e o desenvolvimento econômico do país.

A Escola Tibúrcio Cavalcanti foi fundada pelo Coronel Durval Brito e Silva em 29 de setembro de 1940, em parceria com o Sindicato Unitivo Ferroviário (que funcionava nesse mesmo prédio). Mas a ideia de implantar a escola foi do Coronel Tibúrcio Cavalcanti, motivo do nome da escola.

O propósito da mesma era formar mão-de-obra especializada para a Rede Ferroviária, uma vez que a Rede tinha atividades em vários lugares que não havia mão-de-obra especializada para atender suas necessidades. Sendo assim, a escola contava com o apoio estrutural e pedagógico da Comissão Psicotécnica de Engenharia Ferroviária, a qual fazia parte do Centro de Ensino e Seleção Profissional, com sede em São Paulo.

Os cursos eram variados e além do setor ferroviário, também iam de encontro às necessidades da indústria em geral, tais como o curso de tornearia, mecânica, ajustagem, eletricidade, caldeiraria, ferraria, soldagem, funilaria, carpintaria, marcenaria, telegrafia, modelagem, fresagem etc. Com o passar do tempo, a mão-de-obra treinada na escola não era somente para atender a Rede e nem exclusivamente destinada para os ferroviários ou familiares destes, mas para a população em geral, e a partir de 1965, além dos cursos técnicos, começou a funcionar na escola o curso ginasial.

A criação da Escola Tibúrcio Cavalcanti e outras do mesmo gênero em outros lugares propiciaram a Rede- no Paraná, a Rede Viação Paraná Santa Catarina- fabricar artigos dentro da Rede para o consumo próprio, como pregos, permitindo economia, pois muitas vezes eram artigos importados.

Também fazia parte da metodologia de ensino, os alunos receberem gratificações conforme o aproveitamento e nota de cada um. Para isso, a escola possuía equipamentos e ferramentas para auxiliar na aprendizagem, que eram fornecidos para cada aluno.

Nessa época em questão, a ferrovia estava no auge de suas atividades e o período do Estado Novo (Getúlio Vargas) ampliava investimentos na modernização em alguns setores vistos como estratégicos para induzir outros setores da economia a modernização.

Porém, na década de 1960, com a construção das grandes rodovias- política de Joscelino Kubitschek- o setor ferroviário já sob a direção da Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA) entrou em decadência, pois encontrava-se estruturalmente sucateada, levando a extinção todas as escolas ferroviárias a partir de 1970. Em 1971, a Escola Tibúrcio Cavalcanti encerra as atividades, gerando polêmica entre seus usuários e população.

Portanto, a importância histórica do imóvel é incontestável, pois além de abrigar a Escola Tibúrcio Cavalcanti, a partir de 1902 funcionava no prédio uma fábrica de pregos (dobradiças, arrolhas, prensas) de propriedade de família Kossatz, remetendo aos acontecimentos que dizem respeito ao desenvolvimento de Ponta Grossa, principalmente numa época em que a ferrovia tinha importância vital não só na cidade, mas para toda a região.

Pesquisadora: Carla Scoriote.
Supervisora: Isolde Maria Waldmann.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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