Ponta Grossa – Hospital Infantil Getúlio Vargas


Imagem: Prefeitura Municipal

O Hospital Infantil Getúlio Vargas, em Ponta Grossa-PR, foi inaugurado em 1942, em terreno doado por Rodolpho Osternack, comerciante e fazendeiro.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Hospital Infantil Getúlio Vargas
Localização: R. Dr. Paula Xavier, n° 743 – Ponta Grossa-PR
Processo: 19/2001

Descrição: Rodolpho Osternack, comerciante e fazendeiro doou um terreno de sua propriedade – chácara Osternack – para construção de um hospital mais amplo, e, em 1942, o Hospital da Criança é inaugurado na Rua Paula Xavier com o nome de Hospital Infantil Getúlio Vargas, passando a década de 1950 a pertencer ao Estado do Paraná, o qual se incumbiu das despesas de pessoal e material. Tombado no ano de 2001.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Em 1947, chegou a Ponta Grossa o médico Milton Lopes com uma nova concepção de saúde e queria introduzi-la, principalmente no modo de pensar das pessoas que tomavam decisões e trabalhavam na área da saúde em Ponta Grossa e segundo a qual uma nação para conseguir sias finalidades, ou seja, avançar no crescimento econômico e social elevando o nome da nação sem nenhum empecilho, á saúde deveria estar em primeiro lugar, sendo acompanhada desde a infância, ou mais ainda, no período de gestação. O Dr. Milton Lopes com a ajuda de Fernando Bittencourt, provedor da Santa Casa, fizeram um ambulatório na própria Santa Casa.

A ajuda do Rotary Club Ponta Grossa com material e incentivo, fez com que a dedicação e boa vontade do Dr. Milton Lopes e outras pessoas se concretizassem mais tarde num hospital com sede própria. Também em 1940 com auxilio filantrópico de senhoras da sociedade, foi fundada a Associação de Proteção á Maternidade e á Infância, criando o Hospital da Criança em um prédio na Rua Cel. Dulcídio em 24 de abril de 1940. Seu funcionamento era mantido pela Prefeitura Municipal e pelos rotarianos e a Santa Casa se comprometia em fornecer medicamentos.

Em novembro do mesmo ano, Rodolpho Osternack, comerciante e fazendeiro, doou um terreno de sua propriedade – Chácara Osternack – para construção de um hospital mais amplo, e em 1942 o Hospital da criança é inaugurado a Rua Paula Xavier com o nome de Hospital Infantil Getúlio Vargas, passando na década de 1950 a pertencer ao Estado do Paraná, o qual se incumbiu das despesas de pessoal e material.

Essa época foi caracterizada por varias construções com a visível finalidade de ressaltar principalmente para a sociedade, o progresso econômico e social, pois tratava-se de um hospital destinado ao público carente que por sua vez era alvo das epidemias que se disseminavam nessa época e acreditava-se que muitas doenças vinham através da ferrovia, que foi o suporte do desenvolvimento de ponta Grossa até a década de 1950.

A partir disso, começou a brotar na cidade um cuidado no que se refere a higiene e a saúde. E a vacinação foi o agente modificador que resultou essa melhora.

Aquela região fazia parte de um conjunto de chácaras, a maior de Rodolpho Osternack, mas com a invasão de muitas residências, a região começou a se urbanizar, principalmente no prolongamento da rua Dr. Paula Xavier até a Vila Estrela, onde havia muitos moradores que reivindicavam obras de melhoria para facilitar o acesso aquela região, permitindo a expansão comercial e residencial no local. O Hospital Getúlio Vargas e Maternidade Sant’Ana passaram a ser estratégicos para a valorização dessa região forçando a pavimentação e o calçamento.

Apesar de sua contribuição a população, com o tempo suas funções foram sendo sucateadas devido a sérias dificuldades desde questões materiais como também de recursos humanos, e no final dos anos 80 foi o auge dessas crises, mas tal fenômeno acontecia em escala nacional, resultando mudanças em todo o sistema de saúde brasileiro.

Em 1997 o Hospital Getúlio Vargas foi transferido para a Rua Joaquim de Paula Xavier passando a se chamar Hospital Infantil Getúlio Vargas de Oliveira (prefeito de Ponta Grossa de 1947 a 1951). Durante a gestão do Prefeito Paulo Cunha Nascimento, e desde então o prédio em questão é ocupado pela Terceira Regional de Saúde, que é responsável pela promoção de projetos e serviços para atender a população, como especialização médica no tratamento de doenças infectocontagiosas, controle de epidemias e preservação, medicina sanitária e intermediador de repasses de verbas do Ministério da Saúde para as secretarias municipais da região.

Portanto, o tombamento do prédio deve-se ao fato da importância do hospital não apenas em termos da melhoria da saúde, uma vez que provocou mudanças no comportamento da população, mas também na contribuição que proporcionou aquela região.

Referências Bibliográficas:
PEDROSO, Maria Lourdes Osternack. Uma história para nossa gente. Gráfica Planeta, 1990. Pesquisadora: Carla Scariote.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

 


Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *