Ponta Grossa – Refúgio dos Nobres


Imagem: Prefeitura Municipal

O Refúgio dos Nobres, na Colônia Tavares Bastos. em Ponta Grossa-PR, guarda rico acervo da cultura alemã e dos descendentes de imigrantes da região do Volga.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Refúgio dos Nobres
Localização: Colônia Tavares Bastos, s/n – Ponta Grossa-PR
Processo: 13/2001

Descrição: Imóvel construído na Colônia Tavares Bastos, sendo propriedade do Dr. Paulo Roberto Hilgemberg, descendente de família alemã, imigrantes da região do Volga. A referida residência guarda rico acervo da cultura e seus descendentes. Nesta encontra-se uma casa de madeira, uma de alvenaria, obelisco de D. Pedro II e uma cruz de ferro da antiga Igreja São Miguel Arcanjo, construída pelos imigrantes em 1978 e demolida por ordem do Bispo D. Geraldo Pellanda.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Imóvel construído na colônia Tavares Bastos, sendo propriedade do Dr. Paulo Roberto Hilgemberg, descendente de família alemã, imigrantes da região do Volga. A referida residência guarda cinco acervos da cultura de seus descendentes. Nesta encontra-se uma casa de madeira, uma de alvenaria, obeliscos de D. Pedro II e uma cruz de ferro da antiga Igreja São Miguel Arcanjo, construída pelos imigrantes em 1878 e demolida por ordem do Bispo D. Geraldo Pellanda.

A área que abrange a Chácara Refúgio dos Nobres é formada por vegetação com grandes árvores de eucaliptos e outras espécies. Há também um portal de entrada e uma cerca de arame que protege a propriedade.

No final di século XIX, pertencia á Jorge Roth e sua esposa Magdalena Roth,  que venderam a mesma em 16 de outubro de 1901 para o Sr. Paulo Hanke, tendo este o título de posse, registrado de acordo com a Lei n° 68 de 20 de dezembro de 1892, e a propriedade, área total de 51.585 m². em 1924, Paulo Hanke vendeu a chácara para o Sr. Germano Schneider, que posteriormente transmitiu ao Sr. Joanino Eleutério.

D. Pedro II visitou a colônia Tavares Bastos em maio de 1880, sendo que esta passagem foi registrada em uma ata da sessão solene na Câmara Municipal, para marcar o evento, um monumento foi erguido na referida chácara, sendo esta conhecida como refugio dos nobres”.

O monumento apesar de ser centenário, ainda apresenta alguns aspectos originais. Não há no mesmo placa indicando do que se trata. Alguns orifícios existentes, causam impressão que algum objeto estava nele cravado, porém, para tal, não há explicações.

Na colônia também havia um cemitério, no qual os primeiros imigrantes alemães foram sepultados. A prefeitura mandou cercar a área com muros pré-fabricados, mas que foi destruído por vândalos.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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