Ponta Grossa – Sede da Farmácia Catedral


Imagem: Prefeitura Municipal

A Sede da Farmácia Catedral, em Ponta Grossa-PR, sediava a antiga farmácia Minerva em 1909. Imóvel de dois pavimentos arredondados na esquina.

COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR
Nome Atribuído: Sede da Farmácia Catedral
Localização: R. Santos Dumont, esquina com R. Vicente Machado – Ponta Grossa-PR
Processo: 16/2001

Descrição: Localizada na Rua Santos Dumont, esquina com a Rua Vicente machado. Em 1909, era utilizado como farmácia Minerva e, anos depois, como sede da farmácia Catedral. O imóvel contém dois pavimentos, sendo arredondados na esquina, ambos de alvenaria. É uma construção eclética com uma ornamentação de grande riqueza artística. Atualmente o edifício é usado para comércio. Tombamento em 2002.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Inicialmente no terreno que era antiga farmácia Catedral havia duas casas de madeira de propriedade de Manoel Silvestre da Luz que, em 1925, as vendeu para o Atanagildo Amaral de Almeida.

O Sr. Atanagildo era natural de Ponta Grossa, nasceu em dia 17 de julho de 1882 e casou-se com o Maria Mercedes de Almeida, de cujo matrimônio tiveram os seguintes filhos: Maria Balbina (Marita), Nice, José Carlos, Gertrudes e João.

Tem o seu nome ligado á história ponta-grossense pelos serviços prestados. Como político atuou nos seguintes cargos: Juiz distrital, vereador, vice presidente da câmara Municipal, inclusive assumido a presidência por diversos anos, foi suplente e juiz de Direito da Câmara  de vereadores, sendo por último, membro e secretário do diretório do partido republicano Paranaense em Ponta Grossa.

Como farmacêutico profissional soube conquistar a confiança e o crédito da população ponta-grossense pelo esmero e competência adquirida ao longo do tempo em que exerceu sua profissão. Iniciou a sua carreira na antiga Farmácia Solano em 1895, onde foi empregado por seis anos, tendo ali seguido pra São Paulo, continuando no mesmo ofício por sete anos.

Licenciou-se pela diretoria do serviço Sanitário de São Paulo, e logo a seguir estabeleceu a sua primeira farmácia em Jaguariaiva no ano de 1906, mantendo-se por três anos como farmacêutico. “Transferiu o seu estabelecimento em 1909 para Ponta Grossa onde se instalou a acreditada e importante Farmácia Minerva, sito á Rua Santos Dumont esquina com a Avenida Vicente Machado.”

Com a vida da Cia. Minerva, fundada em Curitiba, para Ponta Grossa na década de 1920 o nome da então farmácia de Atanagildo Amaral de Almeida foi modificada para Farmácia Alpha, conforme o Álbum do Paraná de 1927.

No ano de 1927 foi dado início á construção do novo prédio de acordo com a planta existente na Casa da Memória Paraná. Após a sua morte, em 1943, ocorreu a partilha do imóvel entre os herdeiros.

Ao longo de sua história, o prédio foi ocupado por muitas farmácias, pois foi construído por Atanagildo para esta finalidade. Teve diversos inquilinos e recebeu várias denominações. Conforme o Álbum de Ponta Grossa de 1976 o estabelecimento comercial ali instalada denominava-se Farmácia Catedral, mantendo tal nominação até hoje.

O imóvel contém dois pavimentos, ambos de alvenaria, destinados a residência (parte superior) e comércio (parte inferior), sob os números 163 e 171 com frente para a Av. Vicente Machado, e 755 e 759-A com frente para a Rua Santos Dumont.

Informações: Certidão de registros de imóveis – 1° Ofício, com Jus in ré
Livro de registro de Cobrança de Impostos Predial da Comarca Municipal de Ponta Grossa, 1907 á 1911.
OLIVEIRA, Itacil Ferreira de. Álbum de Ponta Grossa. Ponta Grossa: Gráfica Planeta Ltda., 1976.
Planeta da casa. Acervo Casa da Memória Paraná.
Registro de Imóveis – 2° Ofício, matrícula n° 29.708
SILVA, Adar de Oliveira e. Álbum de Ponta Grossa: gestão do Prefeito Albary Guimarães. Curityba: Impressora Paranaense, 1936.
TRINDADE, José Pedro (org.). Álbum do Paraná. Curityba, 2 ed., vol. I, 1927.
Pesquisadora: Daniele Pereira da Silva
Supervisora: Elizabeth Johansen Capri.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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