Ponte Nova – Hospital Nossa Senhora das Dores


Imagem: Site da instituição

O Hospital Nossa Senhora das Dores foi tombado pela Prefeitura Municipal de Ponte Nova-MG por sua importância histórica para a cidade.

Prefeitura Municipal de Ponte Nova-MG
Conselho Municipal de Patrimônio Cultural e Natural

Nome atribuído: Hospital Nossa Senhora das Dores
Localização: R. Dr. Leonardo, n° 200 – Centro – Ponte Nova-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 1999/2010

Histórico do bem: O surgimento do Hospital de Nossa Senhora das Dores/HNSD contou com a prestimosa dedicação e empenho de muitos benfeitores da comunidade e da região. O fato do padre João Paulo Maria de Brito ter encontrado uma senhora pobre já sem vida na sarjeta, sensibilizou sua alma a idealizar um lugar que acolhesse os doentes e lhes desse a chance de se curar e sobreviver.

Então, reunindo médicos, farmacêuticos, políticos, fazendeiros, populares e religiosos o padre João Maria junto com sua equipe elaborou o projeto de criação de uma Irmandade e começou a construção do Hospital da Cidade, que tivesse como patrona Nossa Senhora das Dores.

Uma comissão foi constituída para administrar a obra tendo a frente o Dr. Leonardo José Teixeira da Silva (presidente) auxiliado pelo Frei Paulino Vicente Fabbri, que administrava a obra.

O sonho da Irmandade do Hospital de Nossa Senhora das Dores se tornou realidade no dia 12 de junho de 1872, quando o Arcebispo de Mariana Antônio Viçoso enviou a Carta de Provisão, instituindo e dando legitimidade ao projeto de filantropia.

Com quermesses, pedidos de ajuda, doações e auxílio de muitos voluntários, foram viabilizados com sustentabilidade recursos e com dois anos de trabalho a idéia humanitária foi concebida. O Hospital de Nossa Senhora das Dores estava pronto! A sua inauguração aconteceu no dia 21 de setembro de 1873.

Desde a sua inauguração sem recursos para se manter, o Hospital de Nossa Senhora das Dores, sempre contou com donativos da comunidade. Também Sua Majestade o Imperador do Brasil Dom Pedro II, em visita ao HNSD no dia 30 de junho de 1886 fez a doação de 400$ (Quatrocentos réis).
Fonte: Site da instituição.

Descrição: Entre os bens tombados pela prefeitura municipal estão os casarões do século XVIII da família Brant Ribeiro e da família Pinto Coelho, a sede da Fazenda Vau­Açu, o Hotel Glória que foi edificado na década de 1930 e a Locomotiva a vapor Ana Florência. Outros bens de importância histórica para a cidade são a parte antiga do Hospital Nossa Senhora das Dores, a Escola Nossa Senhora Auxiliadora, o Colégio Dom Helvécio, a Câmara Municipal, o pontilhão de ferro, de 1911 e a Igreja Matriz de São Sebastião, construída em estilo neogótico, em 1929.
[…]

A “Corporação Musical União Sete de Setembro”, fundada em 1951, participa de vários eventos na cidade, como procissões, desfiles e do projeto cultural “Manhã Musical” a cada segundo domingo do mês. A “Banda Santíssima Trindade”, fundada em 1979, apresenta­se em encontros de bandas, desfiles e festas religiosas.
O “Grupo Afro Ganga Zumba”, fundado em 1988, atua junto à comunidade negra através da dança, capoeira, trabalhos artesanais e apresentações em eventos pela cidade. Tem sua principal comemoração no “Dia da Consciência Negra”, em outubro.
Fonte: SEBRAE.

Histórico do município: O território do atual município de Ponte Nova era habitado por índios puris e aimorés (estes apelidados de botocudos devido a um adorno corporal que utilizavam) quando se iniciou sua colonização, através da distribuição de sesmarias, a partir da segunda metade do século XVIII. Documentos referentes à Fazenda das Almas apontam para a construção de uma ponte de madeira sobre o Rio Piranga, em 1762. Em terreno da Fazenda do Vau-Açu, doado pelo padre João do Monte Medeiros, foi construída a Capela de São Sebastião e Almas, filial da Freguesia do Senhor Bom Jesus do Monte do Furquim, pertencente à Mariana, em 1770.

O povoado que se desenvolveu em torno da capela e às margens do Rio Piranga ficou conhecido, inicialmente, como São Sebastião da Ponte Nova. A paróquia foi criada em 1832 através de uma lei da Regência Trina do Império.

Passou à condição de vila, com criação do município emancipado do de Mariana em 1857, sendo elevada à categoria de cidade em 1866. Uma lei promulgada do ano de 1883 mudou sua denominação, que foi reduzida para Ponte Nova.

O desenvolvimento local se deve em muito à expansão da lavoura de cana de açúcar, que lhe valeu o título de maior centro açucareiro de Minas Gerais, no decorrer do século XIX e início do XX. Na segunda década do século XIX, as exportações de açúcar, rapadura e aguardente já tinham adquirido importância, sendo a produção transportada através de tropas de burros, principalmente para o mercado de Mariana.

Ainda em meados do século XIX, a disseminação do plantio da cana de açúcar na região fez com que a maioria das propriedades rurais contasse com seus próprios engenhos, movidos por tração animal ou através da força d’água, sendo o açúcar mascavo e o de forma exportado para várias regiões da então província de Minas Gerais. O primeiro engenho de ferro fundido chegou a Ponte Nova em 1860, sendo que a primeira usina a vapor, a Usina Ana Florência, construída com máquinas importadas da Inglaterra, foi inaugurada em 1883.

Com a instalação de uma estação da Estrada de Ferro Leopoldina Railway, inaugurada em 1886 por Dom Pedro II, a produção açucareira passou a atingir mercados mais distantes. Antes do final do século, ainda foram construídos o Engenho Central do Piranga e a Usina do Vau-Açu, que multiplicaram, ainda mais, a produção ponte-novense, complementada por inúmeros engenhos menores que funcionaram como fábricas de rapadura e aguardente. No século XX, outras quatro indústrias sucroalcooleiras iriam se instalar no município: a Usina da Jatiboca, em 1920, a Usina do Pontal e a Usina São José, em 1935, e a Usina Santa Helena, em 1940.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Câmara Municipal
SEBRAE
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