Prado e Porto Seguro – Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal


Imagem: Mário C. Bucci

O Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal faz parte da Costa do Descobrimento, que se estende pelos estados da Bahia e do Espírito Santo e soma 112 mil hectares de Mata Atlântica e restingas.

UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
Nome atribuído: Costa do Descobrimento: Reservas de Mata Atlântica
Localização: Prado e Porto Seguro-BA
Número de inscrição: 892
Data de inscrição: 1999

Descrição do conjunto: A Costa do Descobrimento: Reservas de Mata Atlântica, nos estados da Bahia e do Espírito Santo, consiste em oito áreas individuais protegidas, que somam 112 mil hectares de Mata Atlântica e restingas. As florestas tropicais da costa atlântica do Brasil são as mais ricas do mundo em termos de biodiversidade. Esses sítios contêm uma grande variedade de espécies endêmicas e revela um padrão de evolução não apenas de grande interesse científico, mas também de grande importância para a conservação.
Fonte: UNESCO.

Descrição: Área: 22.500ha
Perímetro: 108 km
Clima: Quente úmido de l a 2 meses secos – Tropical Brasil-Central
Temperatura: média anual 22 a 24ºC
máxima absoluta 36 a 38ºC
mínima absoluta 8 a l2ºC
Pluviosidade: entre 1500 e 1750mm anuais
Relevo: Plano e Ondulado
Solos: Latossolo Amarelo Distrófico Podzólico Vermelho-Amarelo Distrófico
Vegetação: Floresta Ombrófila Densa – Floresta Atlântica – Vegetação Secundária e Terras Baixas.
Visitantes/ano: 8.000

Está localizada no interior do Parque Nacional de Monte Pascoal a primeira porção continental avistada pelos portugueses quando descobriram o Brasil. Tratava-se de um grande monte, alto e arredondado, o qual denominaram Monte Pascoal, e à terra, Terra de Vera Cruz.

Além da importância histórica, esta Unidade de Conservação é uma das que reúne uma diversidade de ecossistemas, como a Floresta Ombrófila Densa, regiões alagadiças, restinga, mangue e praia.

Os ecossistemas encontrados no Parque apresentam-se variados, muito embora seja a Floresta Ombrófila Densa a formação dominante, decorrente de peculiaridades geológicas, edáficas e ecológicas.

São de ocorrência frequente na área do Parque muitas árvores de grande porte e numerosas outras espécies de formas arbóreas, todas com alguma peculiaridade de grande interesse biológico, econômico ou estético.

Nos trechos mais úmidos da mata, onde ocorre o palmito; há diversas espécies de liquens, musgos, aráceas e belíssimas orquidáceas, entre as quais a rara Cattleya schillerina, a Laelia tenebrosa, a L. grandis e outras mais.

Nas partes mais secas da mata, ocorre a piaçaba, utilizada para a extração de fibras. A capoeira, neste caso compreendida como vegetação secundária, desenvolve-se no lugar da Floresta Ombrófila Densa.

A fauna é exuberante e rica nos diversos ambientes; os animais possuem uma relação direta com a vegetação existente, auxiliando na disseminação, como o caxinguelê.

O raro ouriço-preto, a preguiça-de-coieira e o guariba, buscam proteção no interior do parque Nacional de Monte Pascoal, uma vez que são espécies ameaçadas de extinção.

O maior roedor do mundo, a capivara, ao lado da anta, estão perto dos leitos dos rios, onde se refugiam.

Os insetos são preferidos pelos tamanduás. Sob as copas das árvores, a cutia e a paca procuram alimento.

Os felinos, como a onça e a suçuarana, mesmo ameaçados de extinção pela redução de habitat e caça, no interior do Parque mantêm-se protegidos.

No céu podem ser observados o gavião-de-penacho e o gavião-pega-macaco, belos falconiformes ameaçados de extinção.

Também merecem registro as formações ruidosas de maitacas e fura-matos, cortando o céu. As aves raras, como o mutum, o curió e o sabiá-da-mata, estão protegidos.

A efetiva proteção dos recursos naturais existentes neste Parque Nacional é fundamental para a manutenção de muitas e espécies animais e vegetais, ameaçadas de extinção, além de se consistir em uma área onde se mantém uma tribo indígena, dando todo um acervo cultural muito valioso.

Esta Unidade de Conservação é de fácil acesso e encontra-se a uma distância de 690 km de Salvador e a 479 km de Vitória. A Rodovia BR-101 que une o Estado do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, passa a apenas l4km da entrada do Parque, com um acesso até a sede em asfalto. Uma rota turística por via marítima tem em Salvador uma escala, sendo esta mais uma alternativa.
Fonte: IBAMA.

CONJUNTO:
Bahia e Espírito Santo – Costa do Descobrimento

MAIS INFORMAÇÕES:
Unesco (em inglês)
Iphan


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