Rio de Janeiro – Estação Ferroviária Leopoldina-Barão de Mauá
A Estação Ferroviária Leopoldina-Barão de Mauá, no Rio de Janeiro-RJ, foi tombada por sua importância arquitetônica, histórica e cultural.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Patrimônio Cultural Ferroviário
Nome Atribuído: Estação Ferroviária Barão de Mauá
Localização: Rio de Janeiro – RJ
Decreto de Tombamento: Lei nº 11.483/07 e Portaria IPHAN nº 407/2010
INEPAC – Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Estação Ferroviária Leopoldina-Barão de Mauá
Processo de Tombamento: E-18/000.277/87
Localização: Av. Francisco Bicalho, s/n – Praça da Bandeira – Rio de Janeiro – RJ
Tombamento Provisório: 08/12/1987
Tombamento Definitivo: 18/02/1991
Descrição: A Estação Central da Leopoldina é uma construção de grande porte, inaugurada em 6 de novembro de 1926. O edifício é um projeto do arquiteto inglês Robert Prentice, atuante no Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XX. A leitura da fachada principal é um tanto prejudicada pela falta da ala esquerda que lhe devia conferir simetria e completude. O aspecto externo é inspirado na arquitetura palladiana inglesa. O espaço interior do grande salão é dominado por uma abóbada de fina estrutura metálica. Além do interesse arquitetônico, o tombamento se justifica também por sua importância histórica e por seu significado urbano. O nome de Estação Barão de Mauá é uma justa homenagem ao pioneiro do transporte ferroviário no Brasil. Fica na borda de um corredor de tráfego entre a Linha Vermelha, a avenida Brasil, o Centro e a praça da Bandeira, junto do Teleporto e dos bairros de São Cristóvão, praça Mauá e Saúde.
Fonte: Inepac.
Histórico das ferrovias no Brasil: A história das ferrovias no Brasil inicia-se em 30 de abril de 1854, com a inauguração, por D. Pedro II, do primeiro trecho de linha, a Estrada de Ferro Petrópolis, ligando Porto Mauá à Fragoso, no Rio de Janeiro, com 14 km de extensão. Mas a chegada da via à Petrópolis, transpondo a Serra do Mar, ocorreu somente em 1886.
Em São João del Rei (MG), o Museu Ferroviário preserva a história da antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas, criada em 1872. Seu percurso ligava a cidade de Sítio (atual Antônio Carlos) à Estrada de Ferro D. Pedro II (posteriormente, Central do Brasil), partindo daí para São João del Rei. Com novas concessões, a ferrovia Oeste de Minas se estendeu a outras cidades e ramais, alcançando, em 1894, um percurso total de 684 km, e foi considerada a primeira ferrovia brasileira de pequeno porte.
As dificuldades e desafios para implantar estradas de ferro no Brasil eram muitos. Procurando atrair investidores, o governo implantou um sistema de concessões, que se tornou característico da política de infra-estrutura do período imperial. Entre o final do século XIX e início do século XX os recursos, sobretudo dos britânicos, alavancaram a construção de linhas férreas.
A expansão ferroviária, além de propiciar a entrada de capital estrangeiro no país, tinha, também, o objetivo de incentivar a economia exportadora. Desta forma, as primeiras linhas interligaram os centros de produção agrícola e de mineração aos portos diretamente, ou vencendo obstáculos à navegação fluvial. Vários planos de viação foram elaborados na tentativa de integrar a malha ferroviária e ordenar a implantação dos novos trechos. Entretanto, nenhum deles logrou êxito em função da política de concessões estabelecida pelo governo brasileiro.
Fonte: Iphan.
Patrimônio Ferroviário: A Lei 11.483, de 31 de maio de 2007, atribuiu ao Iphan a responsabilidade de receber e administrar os bens móveis e imóveis de valor artístico, histórico e cultural, oriundos da extinta Rede Ferroviária Federal SA (RFFSA), bem como zelar pela sua guarda e manutenção. Desde então o Instituto avalia, dentre todo o espólio oriundo da extinta RFFSA, quais são os bens detentores de valor histórico, artístico e cultural.
O patrimônio ferroviário oriundo da RFFSA engloba bens imóveis e móveis, incluindo desde edificações como estações, armazéns, rotundas, terrenos e trechos de linha, até material rodante, como locomotivas, vagões, carros de passageiros, maquinário, além de bens móveis como mobiliários, relógios, sinos, telégrafos e acervos documentais. Segundo inventário da ferrovia, são mais de 52 mil bens imóveis e 15 mil bens móveis, classificados como de valor histórico pelo Programa de Preservação do Patrimônio Histórico Ferroviário (Preserfe), desenvolvido pelo Ministério dos Transportes, instituição até então responsável pela gestão da RFFSA.
A gestão desse acervo constitui uma nova atribuição do Iphan e, para responder à demanda, foi instituída a Lista do Patrimônio Cultural Ferroviário, por meio da Portaria Iphan nº 407/2010, com 639 bens inscritos até 15 de dezembro de 2015. Para inscrição na Lista, os bens são avaliados pela equipe técnica da Superintendência do Estado onde estão localizados e, posteriormente, passam por apreciação da Comissão de Avaliação do Patrimônio Cultural Ferroviário (CAPCF), cuja decisão é homologada pela Presidência do Iphan.
Os bens não operacionais são transferidos ao Instituto, enquanto bens operacionais continuam sob responsabilidade do DNIT, que atua em parceria com o Iphan visando à preservação desses bens. Esse procedimento aplica-se, exclusivamente, aos bens oriundos do espólio da extinta RFFSA. Os bens que não pertenciam à Rede, quando de sua extinção, não são enquadrados nessa legislação, podendo, entretanto, ser objeto de Tombamento (Decreto Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, aplicado a bens móveis e imóveis), ou ao Registro (Decreto nº 3.551, de 4 de agosto de 2000, aplicado ao Patrimônio Cultural Imaterial).
Fonte: Iphan.
CONJUNTO:
Patrimônio cultural ferroviário IPHAN
FOTOS:
MAIS INFORMAÇÕES:
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Manual Técnico do Patrimônio Ferroviário
Estações ferroviárias
É uma lástima o que eu vejo acontecer. Completamente destruída e abandonada nossa tão linda estação, que conta e preserva a história da cidade do rio de janeiro. Instituições já deveriam tomar medidas cabíveis para transformar o espaço em centro cultural.
Boa noite,
Como a estação constitui parte do Patrimônio Ferroviário valorado pelo IPHAN, acreditamos que tal informação deva ser solicitada junto ao Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), órgão responsável pela administração das estações ainda em funcionamento. Sugerimos que entre em contato diretamente com a instituição. Seguem os contatos que encontramos online.
Central de Atendimento e Serviços: (61) 3315-4000
Endereço: Setor de Autarquias Norte | Quadra 03 Lote A | Ed. Núcleo dos Transportes | Brasília/DF | CEP: 70040-902
E-mail: [email protected]
Horário de atendimento: 8h às 12h e 14h às 18h.
Atenciosamente,
Equipe iPatrimônio
Sou carioca, fico muito triste em ver uma obra desse porte não ser utilizada como Centro Cultural.
Rio de Janeiro, cidade com linda e invejável arquitetura histórica.
A Estação de Barão de Mauá tem, ou tinha, tombamento federal, estadual e municipal. Ela é uma das raríssimas opções que a cidade do Rio de Janeiro possui para servir de base para trens interestaduais como o sugerido pelo Ronaldo Roberto Leite. Sua localização central é estratégica para uma malha ferroviária de passageiros. Lamentavelmente o poder público municipal, está nesse momento detonando todas as possibilidades de seu aproveitamento. Nesse sentido, vale ler a publicação da AENFER – Associação dos Engenheiros Ferroviários, do Rio de Janeiro, disponibilizada no link abaixo.
https://sengerj.org.br/aenfer-cobra-reavaliacao-e-audiencia-publica-com-a-prefeitura-do-rio-para-evitar-entrega-da-estacao-leopoldina-barao-de-maua-ao-mercado-imobiliario/