Rio de Janeiro – Fortaleza da Conceição
A Fortaleza da Conceição foi erguida no alto do morro da Conceição, entre os anos de 1713 e 1718. Projeto do Brigadeiro João Massé.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Fortaleza da Conceição
Localização: R. Marechal Valô, Morro da Conceição – Rio de Janeiro – RJ
Número do Processo: 155-T-1938
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 38, de 24/05/1938
Uso Atual: Serviço Geográfico do Exército.
Descrição: Em decorrência dos grandes prejuízos causados pelas invasões francesas ocorridas em 1711, no Rio de Janeiro, a Coroa portuguesa no intuito de reforçar as defesas da cidade, incumbiu o Brigadeiro João Massé de projetar um novo sistema defensivo, do qual era parte integrante a Fortaleza da Conceição, surgida no alto do morro da Conceição, entre os anos de 1713 e 1718. Tendo sido localizada aos fundos do Palácio Episcopal, em terrenos pertencentes à antiga “Chácara da Mitra”, a Fortaleza da Conceição, com suas “36 bocas de fogo e mil balas de diferentes calibres”, constituía-se em uma das mais poderosas praças de guerra da cidade, formando com as Fortalezas de Santa Cruz e São João o complexo defensivo da entrada da baía.
Com plano retangular, protegida por muros, com quatro ângulos fortificados, encimados por guaritas, existia, numa das faces da muralha, portão de entrada emoldurado por portada de cantaria nobre e singela. Ao centro, prejudicada por algumas construções mais recentes, edificadas sobre a muralha e o terrapleno, sobreleva-se, ao topo das cortinas, a antiga capela com cunhais de cantaria, descaracterizada internamente. Porém, desde os seus primórdios, a fortaleza teve seu funcionamento prejudicado pelas constantes reclamações do Bispado contra os tiros de canhão, que abalavam as paredes do Palácio Episcopal, seu vizinho, o que resultou em provisão real de 1718, proibindo a fortaleza de efetuar disparos. Segundo o Governador Aires Saldanha, em 1720, a fortaleza encontrava-se “imperfeita porque, exceto o recinto da muralha, corpo de guarda, casa para pólvora, cisterna e dois revelins que já tem, lhe faltam todas as mais obras exteriores”, informava ele.
Em 1765, a Fortaleza da Conceição é transformada em “Casa de Armas”, destinando-se a armazenar os armamentos das tropas coloniais. É desta época que data a construção do edifício conhecido como “capela” que, embora possuindo um partido formal típico da arquitetura religiosa daquela época, parece nunca ter sido utilizado para estes fins. Posteriormente a fortaleza foi acrescida com a Real Fábrica de Armas, extinta em 1831. A Fortaleza da Conceição serviu, ainda, de prisão para alguns dos conjurados da Inconfidência Mineira, bem como de outros revolucionários dos movimentos de 1842. Em 1917, o edifício, depois de restaurado, tornou-se sede de Serviço Geográfico Militar, função esta que perdura até os dias de hoje, estando atualmente ocupado pela 5ª Divisão de Levantamentos do Serviço Geográfico do Exército.
A par das mudanças de função ocorridas ao longo do tempo, também o traçado original da fortaleza foi amplamente modificado, tendo os revelins sido suprimidos para dar lugar a ampliações da própria Instituição e à atual Praça Major Valô.
Fonte: Iphan.
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