Salvador – Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico da Cidade Baixa
O Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico da Cidade Baixa, em Salvador-BA, foi tombado por sua importância cultural.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Salvador, BA: Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico da Cidade Baixa de Salvador
Localização: Cidade Baixa – Salvador-BA
Número do Processo: 1552-T-2008
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: Inscrito em 05/2013
Livro do Tombo Histórico: Inscrito em 05/2013
Descrição: A cidade de Salvador, situa-se na entrada da Baía de Todos os Santos, em região bastante acidentada e de extenso litoral. Seu centro histórico foi inscrito pela UNESCO na Lista do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural, em 02/12/1985. A sua ocupação efetiva deveu-se à intenção do Governo português de criar uma administração centralizada para a Colônia, que escolheu para tanto um ponto mais ou menos equidistante das extremidades do território, com favoráveis condições de assentamento e defesa. Uma primitiva povoação já existia na Barra, fundada pelo primeiro donatário da capitania, conhecida como Vila do Pereira, que não se desenvolvera devido aos constantes atritos com os indígenas e facilidades de atracação de navios inimigos em seu porto. Assim, em 1549, quando chega à Bahia Tomé de Souza, primeiro Governador Geral, traz a recomendação de se escolher um novo ponto, mais para o interior da baía, com adequadas condições de defesa e portuárias e abastança de água. O sítio escolhido favoreceu a adoção do modelo português de cidade, implantada em acrópole, destinando à Cidade Alta as funções administrativas e residenciais, e à Baixa, o porto. As condições defensivas eram asseguradas pelo grande desnível entre os dois planos, situados na falha geológica, do lado do mar e no seu oposto, pelo vale onde havia o Rio das Tripas, tendo sido inicialmente murada. Segundo risco do arquiteto Luiz Dias, a primeira capital do país desenvolveu-se no sentido longitudinal, paralelo ao mar, seguindo a linha de cumeada, numa trama de ruas praticamente ortogonal, adaptando-se à topografia do sítio. Os limites da cidade são rapidamente ultrapassados e dois pólos logo se identificam: a praça administrativa, com o Senado e a Casa de Câmara e o Terreiro de Jesus, onde se implantam os jesuítas e o seu Colégio. A mancha tombada refere-se basicamente a este primeiro trecho ocupado da cidade, além de alguns outros sítios, sendo a ampliação de uma anterior proteção de núcleos históricos (Processo nº 464-T-52). Caracteriza-se então a paisagem pela distinção entre os dois níveis da cidade, que se desenvolvem num sentido longitudinal, mantendo ainda no trecho de assentamento primitivo a regularidade do traçado, apesar da substituição da arquitetura e da escala volumétrica do conjunto. Sua expansão no sentido norte e sul, ainda linear, dá-se em ruas de desenho orgânico, intercaladas por praças e largos, que se adaptam ao sítio. O conjunto arquitetônico é constituído por edifícios do século XVIII, XIX e XX, onde se destacam monumentos da arquitetura religiosa, civil e militar, o que se reflete no frontispício da cidade, onde uma massa horizontal é pontuada pelas torres das igrejas.
Fonte: Iphan.
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