Santos Dumont – Busto de Alberto Santos Dumont


Imagem: Google Street View

O Busto de Alberto Santos Dumont foi tombado pela Prefeitura Municipal de Santos Dumont-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Santos Dumont-MG
Nome atribuído: Busto de Alberto Santos Dumont
Localização: Santos Dumont-MG

Descrição: A história de Alberto Santos Dumont começa na França. Seus avós paternos, os franceses François Dumont e Euphraise Honoré – ela de uma secular família de joalheiros – desembarcaram no Brasil à procura de pedras preciosas. No Brasil, o casal teve três filhos, sendo que o segundo se chamava Henri, adaptado para Henrique. François faleceu cedo, e Henrique foi ajudado por seu padrinho, que lhe garantiu um curso na Escola de Artes e Ofícios de Paris (atual Faculdade de Engenharia), tendo se formado com apenas 21 anos de idade, na Europa.

Voltando o Brasil, passou a prestar serviços à Prefeitura de Ouro Preto, em Minas Gerais. Henrique se casou com Francisca Santos em 6 de setembro de 1856, na Freguesia de Nossa Senhora do Pilar, em Ouro Preto. Em 1872, assumiu a empreitada da construção do trecho da Estrada de Ferro Central do Brasil na subida da Serra da Mantiqueira, tendo instalado seu canteiro de obras na localidade de Cabangu, próximo à cidade de Palmira, hoje Santos Dumont. Foi no Sítio de Cabangu que, em 20 de julho de 1873, dia em que seu Henrique completava 41 anos, nasceu seu sexto filho, Alberto.

Desde pequeno, Alberto Santos Dumont (1873-1932) manifestou seu interesse por máquinas. Imaginativo, costumava se perguntar: “Que tipo de mecanismo pode fazer voar? Albertinho passou a infância na fazenda de seu pai, a 20 quilômetros de Ribeirão Preto, no Nordeste do Estado de São Paulo (atual município de Dumont). Para fazer o café circular e ampliar o desenvolvimento da região, foi construída uma estrada de ferro, a Companhia Mogiana, inaugurada em 1872. Pela rodovia, chegaram a Ribeirão Preto centenas de migrantes, principalmente italianos que substituíram a mão de obra escrava. A fazenda de Henrique Dumont progrediu muito, tornando-se a mais moderna da América do Sul, com 5 milhões de pés de café, 96 quilômetros de ferrovias, sete locomotivas e, ele, passou a ser conhecido como “O Rei do Café”.

Em suas divagações, Albertinho observava as nuvens suspensas no espaço, as aves deslizarem no ar e fazia experiências com balões nas festas juninas. Construía pipas exóticas e chegou a montar pequenas aeronaves movidas a elástico e hélice. As suas leituras prediletas incluíam “Vinte Mil Léguas Submarinas”, “Cinco Semanas Num Balão” e “Da Terra à Lua de Júlio Verne”. Entre 1883 a 85, Alberto estuda num dos melhores colégios do interior, em Campinas. Em 1890, seu pai, luxou a cabeça em um acidente de charrete, tornando-se hemiplégico. É obrigado a vender a fazenda. Enquanto tentava tratamento para sua enfermidade, Henrique levou Alberto pela primeira vez a Paris. Ali, o jovem viu um motor a petróleo funcionando, o que lhe despertou profundo interesse.
Fonte: Museu do Amanhã.

Histórico do Município: A abertura do Caminho Novo, no início do século XVIII, nasceu de projeto oficial da Coroa Portuguesa, preocupada em reduzir o tempo de viagem entre o litoral e as minas de ouro e diamantes das Minas Gerais. Partindo da sede da Capitania, na cidade do Rio de Janeiro, e desenvolvendo-se pelos contrafortes da Serra da Mantiqueira, o Caminho deu origem a pequenos núcleos urbanos, formados como base de apoio aos viajantes da via, que mais tarde tornaram-se cidades. Entre elas estava Santos Dumont.

Em terras de Sesmaria (áreas doadas pela Coroa Portuguesa para serem cultivadas) concedida a João Gomes Martins, nascia o arraial de João Gomes, cuja capela foi construída em 1729, às margens do Caminho Novo, para abrigar a imagem de São Miguel trazida por ele de Portugal.

A capela de São Miguel, filiada à Matriz de Nossa Senhora do Engenho do Mato, Jurisdição de Mariana, que fora transferida em 1788 do seu lugar de origem para o interior do sítio de João Gomes, foi construída, com duas torres, entre 1847 e 1850, em seu lugar de original, em área doada por Manoel da Cunha Lima e sobrinhas, herdeiros de terras de João Gomes.

Sua elevação à categoria de paróquia em 1867, passando o arraial a condição de distrito, a chegada da Estrada de Ferro D. Pedro II, em 1877, e a crição, em 25/09/1885, do Grêmio Literário e Recreativo João Gomes, formado por fazendeiros, comerciantes e profissionais liberais que passaram a reivindicar a autonomia administrativa do distrito, deram início a formação do Município.

Em 27 de julho de 1889, através da Lei Provinçal nº 3712, sancionada pelo Barão de Ibituruna, o distrito de João Gomes é elevado a categoria de município, com o nome de Palmyra.

No dia 15 de novembro de 1889 foi proclamada a República, assumindo a presidência do Marechal Deodoro. O governo provisório do Estado de Minas Gerais foi assumido por José Cesário de Faria Alvim que, em 10 de fevereiro de 1890, deu cumprimento à Lei Provinçal, dispondo pela imediata instalação do Município de Palmyra, em 15 de fevereiro de 1890. O nome atual Santos Dumont foi dado em 31 de julho de 1932, após o falecimento de seu filho ilustre: Alberto Santos Dumont.
Fonte: Prefeitura Municipal.


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