Santos Dumont – Estátua de Getúlio Vargas


A Estátua de Getúlio Vargas foi tombada pela Prefeitura Municipal de Santos Dumont-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Santos Dumont-MG
Nome atribuído: Estátua de Getúlio Vargas
Localização: Praça Cesário Alvim – Santos Dumont-MG

Descrição: Getúlio Vargas (Getúlio Dornelles Vargas) nasceu no município gaúcho de São Borja, a 19 de abril de 1883. Era filho de Manuel do Nascimento Vargas e de Cândida Dornelles Vargas. Faleceu a 24 de agosto de 1954 na cidade do Rio de Janeiro.

Os primeiros estudos do futuro Presidente da República foram feitos em sua terra natal, mas, em 1897, já concluído o curso primário, juntou-se, na capital de Minas Gerais, ainda a cidade de Ouro Preto, aos irmãos Viriato e Protásio, que aí residiam.Um conflito entre estudantes determinou o regresso dos irmãos Vargas ao Rio Grande do Sul.

Decidido a abraçar a carreira das armas, Getúlio sentou praça no 6º Batalhão de Infantaria, aquartelado em São Borja. Mais tarde matriculou-se na Escola Preparatória e de Tática, sediada na cidade de Rio Pardo, de onde saiu para fazer parte do 25º Batalhão de Infantaria na capital do Estado.

Em 1903, quando frequentava como ouvinte a Faculdade de Direito de Porto Alegre, o batalhão em que servia foi designado para transferir-se para a cidade de Corumbá, em Mato Grosso, a fim de guarnecer a fronteira com a Bolívia. Terminada a missão o referido batalhão regressou a Porto Alegre e Getúlio, que atingira o posto de sargento, desistiu da carreira militar.

De 1903 a 1907, matriculado na Faculdade de Direito, coube-lhe a incumbência de proferir a saudação, em nome dos colegas, ao candidato à presidência da República Afonso Pena, que, em 1906, visitou o Estado sulino. No ato de formatura, no ano seguinte, foi o orador da turma.

De 1909 a 1913 cumpriu o mandato de deputado estadual, cargo que voltaria a exercer de 1917 a 1923. Neste último ano, eleito deputado federal, exerceu as funções de líder da bancada gaúcha. Conservou-se na Câmara dos Deputados até novembro de 1926 quando, a convite do Presidente Washington Luís Pereira de Sousa, foi nomeado Ministro da Fazenda, cargo que deixou um ano depois para candidatar-se ao governo do Rio Grande do Sul. Tomou posse a 25 de janeiro de 1928. Em 1929 era escolhido pelos dirigentes da Aliança Liberal para disputar contra Júlio Prestes – presidente de São Paulo – a presidência da República.

Inconformados com os resultados do pleito eleitoral, realizado a 1º de março de 1930, os aliancistas começaram a conspirar no sentido de promover a deposição de Washington Luís, fato que ocorreu a 24 de outubro do referido ano. Instituiu-se uma Junta Governativa que, a 3 do mês seguinte, entregou a Getúlio Vargas a chefia do Governo Provisório, que se estenderia até a promulgação da nova Constituição da República, em 16 de julho de 1934.

Em 10 de novembro de 1937 foi dissolvido o Congresso Nacional, com a outorga de uma Carta Constitucional e a instituição do Estado Novo, ditadura que vigoraria até a deposição de Getúlio Vargas, em 29 de outubro de 1945.

Eleito senador por vários Estados em 1946, assumiu o mandato pelo estado do Rio Grande do Sul.

Em 1941 um grupo de acadêmicos patrocinou a admissão de Getúlio Vargas na Academia Brasileira de Letras. A eleição foi tranquila mas o eleito só tomou posse, recebido pelo ministro Ataulfo de Paiva, em 29 de dezembro de 1943.

A obra literária do presidente compreendia apenas alguns discursos de natureza política em sua maior parte, que vieram a ser reunidos, muitos sem autoria definida, em A Nova Política do Brasil.

No seu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras, Getúlio Vargas confessou honestamente suas limitações no campo da literatura:

“A atividade intelectual é para mim uma imposição da vida política, que exige de quem a ela se consagra a obrigação de comunicar-se com o público com precisão e clareza, explicando ideias e problemas de governo, esforçando-se para fazer-se ouvir e compreender.”

Eleito Presidente da República em 3 de outubro de 1950, voltou Getúlio Vargas a governar o país até o dia 24 de agosto de 1954, quando, diante da forte crise política reinante em todo o país, o presidente suicidou-se no Palácio do Catete com um tiro de revólver no coração. Sua vaga na Academia Brasileira de Letras viria a ser ocupada pelo jornalista Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo.
Fonte: Academia Brasileira de Letras.

Histórico do Município: A abertura do Caminho Novo, no início do século XVIII, nasceu de projeto oficial da Coroa Portuguesa, preocupada em reduzir o tempo de viagem entre o litoral e as minas de ouro e diamantes das Minas Gerais. Partindo da sede da Capitania, na cidade do Rio de Janeiro, e desenvolvendo-se pelos contrafortes da Serra da Mantiqueira, o Caminho deu origem a pequenos núcleos urbanos, formados como base de apoio aos viajantes da via, que mais tarde tornaram-se cidades. Entre elas estava Santos Dumont.

Em terras de Sesmaria (áreas doadas pela Coroa Portuguesa para serem cultivadas) concedida a João Gomes Martins, nascia o arraial de João Gomes, cuja capela foi construída em 1729, às margens do Caminho Novo, para abrigar a imagem de São Miguel trazida por ele de Portugal.

A capela de São Miguel, filiada à Matriz de Nossa Senhora do Engenho do Mato, Jurisdição de Mariana, que fora transferida em 1788 do seu lugar de origem para o interior do sítio de João Gomes, foi construída, com duas torres, entre 1847 e 1850, em seu lugar de original, em área doada por Manoel da Cunha Lima e sobrinhas, herdeiros de terras de João Gomes.

Sua elevação à categoria de paróquia em 1867, passando o arraial a condição de distrito, a chegada da Estrada de Ferro D. Pedro II, em 1877, e a criação, em 25/09/1885, do Grêmio Literário e Recreativo João Gomes, formado por fazendeiros, comerciantes e profissionais liberais que passaram a reivindicar a autonomia administrativa do distrito, deram início a formação do Município.

Em 27 de julho de 1889, através da Lei Provincial nº 3712, sancionada pelo Barão de Ibituruna, o distrito de João Gomes é elevado a categoria de município, com o nome de Palmyra.

No dia 15 de novembro de 1889 foi proclamada a República, assumindo a presidência do Marechal Deodoro. O governo provisório do Estado de Minas Gerais foi assumido por José Cesário de Faria Alvim que, em 10 de fevereiro de 1890, deu cumprimento à Lei Provincial, dispondo pela imediata instalação do Município de Palmyra, em 15 de fevereiro de 1890. O nome atual Santos Dumont foi dado em 31 de julho de 1932, após o falecimento de seu filho ilustre: Alberto Santos Dumont.
Fonte: Prefeitura Municipal.


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