São José – Usina Gustavo Richard
A Usina Gustavo Richard foi tombada pela Prefeitura Municipal de São José-SC por sua importância cultural para a cidade.
SERPPAC – Serviço de Proteção ao Patrimônio Artístico e Cultural
Nome Atribuído: Usina Gustavo Richard
Outros Nomes: Usina do Sertão do Maruim
Localização: R. Zita Althoff Koerick, s/n – São José-SC
Resolução de Tombamento: Decreto n° 18.707/2005
Descrição: Construída em 1910, a atual Usina de Geração de Energia Gustavo Richard foi uma das primeiras construídas no estado de Santa Catarina. Durante muitos anos, a energia gerada na usina abastecia grande parte da cidade de São José e de Florianópolis. A usina ficou em funcionamento até 1972, quando foi oficialmente desativada. Atualmente a administração da Usina é de responsabilidade da CELESC, que em 2002 empreendeu uma reforma no complexo, na intenção de tornar a usina um espaço de visitação; contudo, esse projeto não foi implementado.
O complexo é composto pelo prédio que abrigava as três turbinas e painel de controle, calhas que conduziam a água até as turbinas, sistema de barragens e comportas no rio, além de outras três casas que serviam de sede da administração e moradia de trabalhadores.
Atualmente encontra-se sem uso e demandando cuidados de conservação.
Fonte: UDESC.
Descrição: Nas margens do rio Maruim, no interior de São José, destaca-se a elegante construção da primeira hidroelétrica de Santa Catarina, erguida em 1910. A Usina de Geração de Energia Gustavo Richard foi a primeira instalada no Estado de Santa Catarina e a segunda no Brasil. Durante muitos anos, a energia gerada na Usina, abasteceu grande parte da cidade de São José e Florianópolis. Por volta de 1950, com a construção do complexo de geração, hoje conhecido como Usina Jorge Lacerda, no Sul do estado, diminuiu a importância da Usina do Maruim, que foi desativada em 1972, restando em seu prédio apenas um gerador, lembrança sua importância nos dias passados. Depois de anos de abandono e destruição, esse referencial histórico foi tombado pelo município e é obra de interesse como patrimônio histórico e artístico estadual e nacional.
Imponente, cercada pela paisagem verdejante de Maruim, a antiga usina preserva a cobertura de telhas planas, cinzentas, e as fachadas de tijolos vermelhos, cujo ritmo é bem marcado pela sucessão de arcos plenos, separados por pilastras e contornados por aduelas em pedra. Um óculo assinala o frontão da fachada principal e o acesso á usina é marcado pela porta ampla, coroada por uma bandeira circular, mais elevada. As arcadas inferiores caracterizam a requintada construção onde, na casa de força, três turbinas alimentadas pela água represada a 500 metros da usina e trazida pelas adutoras geravam a energia.
Sabe-se que o primeiro modelo de iluminação pública era movido de lampiões alimentados por óleo de baleia; posteriormente a solução foi o gás. E as indústrias usavam o carvão, o vapor, a roda d´água e, ainda, a força animal – por exemplo, nos engenhos de farinha. A energia elétrica permitiu mais vida noturna ás cidades; ela alimentava moradias e fábricas, mas ainda era insuficiente para que todas funcionassem num mesmo turno. Havia revezamento. Além do seu valor como obra de arquitetura, a usina do Sertão do Maruim é um marco histórico da modernidade e do progresso, fornecendo energia para Florianópolis, São José e Biguaçu por quatro décadas.
Fonte: Prefeitura Municipal.
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