Sooretama – Reserva Biológica de Sooretama


Imagem ICMBio

A Reserva Biológica de Sooretama faz parte da Costa do Descobrimento, que se estende pelos estados da Bahia e do Espírito Santo e soma 112 mil hectares de Mata Atlântica e restingas.

UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
Nome atribuído: Costa do Descobrimento: Reservas de Mata Atlântica
Localização: Zona Rural – Sooretama – ES
Como chegar: O acesso é realizado pela Rodovia Federal Governador Mario Covas – BR 101 Norte – até o km 116 e seguir a esquerda por uma estrada municipal asfaltada até a comunidade de Juncado e percorrer mais cinco km por estrada de terra para chegar na sede da unidade.
Número de inscrição: 892
Data de inscrição: 1999

Descrição do conjunto: A Costa do Descobrimento: Reservas de Mata Atlântica, nos estados da Bahia e do Espírito Santo, consiste em oito áreas individuais protegidas, que somam 112 mil hectares de Mata Atlântica e restingas. As florestas tropicais da costa atlântica do Brasil são as mais ricas do mundo em termos de biodiversidade. Esses sítios contêm uma grande variedade de espécies endêmicas e revela um padrão de evolução não apenas de grande interesse científico, mas também de grande importância para a conservação.
Fonte: UNESCO.

Descrição: A reserva possui fauna com elevado número de espécies endêmicas e vegetação da mata atlântica com árvores com mais de 30 metros de altura. Um patrimônio biológico de inestimado valor.

A unidade adquiriu o status de Reserva Biológica em 1982 com a edição do decreto nº 87.588, de 20 de setembro daquele ano. Até então a área era conhecida como Parque de Refugio e Criação de Animais Silvestres Sooretama. A área atualmente ocupada pela reserva foi constituída por duas áreas, sendo uma pertencente à união (Parque de Refugio Sooretama com 12.250 hectares) e a outra pertencente ao Estado do Espirito Santo (Parque Estadual Barra Seca com 10.000 hectares), que se fundiram para criar a reserva.

A unidade pertence à categoria das Unidades de Conservação de Proteção Integral, definição dada pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC, criado pela lei nº 9.885, de 18 de julho de 2000.
Fonte: ICMBio.

Geologia: A região é recoberta dominantemente, por um manto de sedimentos do Terciário com áreas do Quaternário. Os sedimentos do Terciário distribuem-se sobre as rochas do Pré-Cambriano Indiviso. Estes sedimentos são de caráter argiloso, argiloarenoso, sendo que os últimos são em geral de idade mais recente (Quaternário). A ocorrência de leitos lateríticos e limoníticos é constatada nos Sedimentos Terciários (Série Barreiras) consolidados ou não. Os sedimentos Quaternário distribuem-se em aluviões, atuais ou antigos, ao longo dos vales e vias fluviais.

Relevo: Na área, emoldurando a Baixada Quaternária, tem-se os chapadões do Terciário que chegam até as proximidades do litoral. Esses chapadões Terciários são levemente inclinados em direção ao litoral e, junto a costa têm apenas 30 metros de altitude. Podemos distinguir nesta área, do ponto de vista fisiográfico, duas províncias geomorfológicas. A planície de “Tabuleiros” e a planície costeira. A planície de tabuleiros está instalada sobre os sedimentos da Formação Barreiras e a planície costeira é constituída de sedimentos litorâneos arenosos e depósitos areno-argilosos fluviais, além de zonas baixas superficialmente temporais (Jesus, 1993).

Vegetação: Nos Tabuleiros do Terciário, a vegetação primitiva foi de floresta tropical subperenifólia/ subcaducifólia e na Baixada Quaternária, floresta tropical higrófila de várzea, floresta tropical subperenifólia de restinga, campo tropical hidrófilo de várzea e campo tropical de restinga. A floresta tropical subperenifólia é predominantemente sempre-verde e somente decídua em parte. Muitas das espécies sempre-verde compõem o estrato superior, apresentando, entretanto, propensão a perder suas folhas em estação seca anormal; são espécies “facultativamente decíduas”, formações mesófilas. Ocorre na maioria dos casos em regiões com estação seca 2 a 3 meses e mais 1.000mm de precipitação total anual.

Na floresta da zona dos Tabuleiros, tem-se o domínio das madeiras duras, com exemplares muito altos, embora menos e mais espaçados que os da floresta da
zona das Serras Interiores (Achá Panoso et al., 1978). Como na área maioria dos casos, a estação seca é superior a 3 meses, adotou-se por colocar a vegetação primitiva como intermediária para floresta subcaducifólia. A floresta tropical subperenifólia/ subcaducifólia está relacionada com a floresta densa normal (Jesus, 1993).

A floresta tropical higrófila de várzea ocorre em áreas planas de várzea que ficam durante determinadas épocas do ano debaixo de água. Correspondem à floresta de várzea (Jesus, 1993). A floresta tropical subperenifólia de restinga aparece junto com o campo tropical de restinga, nas áreas mais próximas do litoral e se caracteriza por apresentar muitas cactáceas entre os seus componentes. O campo tropical higrófilo de várzea encontra-se em áreas de relevo plano de várzea, sob vegetação de formas arbustivas esparsas e graminóides. Durante algum período do ano, a área onde ocorrem fica inundada. Relaciona-se como campo nativo (Jesus, 1993). O campo tropical de restinga relaciona-se como campo nativo de restinga e a floresta tropical subperenifólia de restinga com a floresta de restinga.
Fonte: EMBRAPA.

CONJUNTO:
Bahia e Espírito Santo – Costa do Descobrimento

MAIS INFORMAÇÕES:
EMBRAPA
Unesco (em inglês)
Iphan


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