Três Ranchos – Igreja Nossa Senhora d’Abadia (Ruínas)


Imagem: Juliana Melo, 2017 / Fonte: Clicia Lilian dos Santos Feitosa, 2019, p. 36

As ruínas da Igreja Nossa Senhora d’Abadia, em Três Ranchos-GO, foram tombadas por sua importância histórica para o Estado.

SPHA – Superintendência de Patrimônio Histórico e Artístico
Nome Atribuído: Igreja Nossa Senhora d’Abadia (Ruínas)
Localização: Estância Monte Sinai – Zona Rural – Três Ranchos-GO
Resolução de Tombamento: Lei nº 12.926/1996

Descrição: A Igrejinha de Nossa Senhora da Abadia ainda requer estudos mais específicos, por se tratar de um elemento singular no histórico municipal. Segundo um geógrafo e estudioso da historiografia do município (SOUZA, 2018), supõe-se que a sua construção foi erigida às margens de uma Estrada Real, segundo consta, um caminho construído para propiciar a exploração de ouro em terras Goianas e para o tráfego entre Vila Boa de Goiás e São Paulo. Talvez, a edificação possa ter sido construída por algum membro da família dos Carneiro, uma vez que as ruínas estão exatamente onde ficava a antiga Sede da Fazenda pertencente ao patriarca dessa família (SOUZA, 2018).
Fonte: Clicia Lilian dos Santos Feitosa.

Histórico do município: A cidade de Três Ranchos (GO), como ficou conhecida, originou-se por volta dos séculos XVII e XVIII, a partir da chegada dos bandeirantes paulistanos as paisagens do hoje Estado de Goiás, os quais, a procura de metais e mão de obra indígena e escrava, cortaram os Sertões do Brasil Central, onde se localizava a Capitania de Goiás, chegando à região de Catalão e, por conseguinte, às terras que hoje formam o municí­pio triranchense (SOUZA, 2012, p. 25).

Foi constatado que os tropeiros que cruzavam o Paí­s, no século XIX, tinham como rota a passagem pela região de Três Ranchos (GO), onde existia um porto denominado Mão-de-Pau, que servia para a travessia do Rio Paranaíba. Segundo a história oficial de Goiás, passou pela área que hoje é o municí­pio de Três Ranchos o bandeirante Bartolomeu Bueno (o filho), em 1722, em busca das minas outrora descobertas pelo seu pai, o Anhanguera (SOUZA, 2012, p. 36).

Um fato histórico, que é interessante mencionar, diz respeito ao leito do Rio Paranaí­ba, rico em diamantes e, na época, cobiçado pelos tropeiros da região. Foi, justamente,
em razão deste fato que o Porto Mão-de-Pau se tornou ponto de parada dos Bandeirantes e tropeiros. Nele, havia três casebres na forma de ranchos, os quais, mais tarde, vieram a dar origem ao nome do municí­pio (SOUZA, 2012, p. 36). O desmembramento deste da área do município de Catalão se deu em 19 de outubro de 1953 mediante a Lei Estadual nº 823, vindo, mais tarde, a ser elevado à categoria de município, como Paranaíba de Goiás, pelo Governador da época, Pedro Ludovico Teixeira (GOIÁS, 1953).
Fonte: Prefeitura Municipal.

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